Sempre me apaixonei pela ideia de viajar ou fazer intercâmbio. Mas até os 28 anos, pouco tinha realizado desses desejos. Os 30 batiam na porta e achei que era o momento de me arriscar. Foi uma decisão difícil: estávamos falando de sair do emprego, investir uma grana pesada e ficar longe da família.

Continua depois da publicidade

Intercâmbio na crise: quais as melhores opções de países e de modelos de estudo ou trabalho

Sugiro colocar todos os custos e objetivos no papel antes tomar uma decisão. O que eu tinha definido: queria um país da Europa e de língua inglesa. A escolha natural foi Inglaterra. Mas ao pesquisar preços de escolas, o valor da libra, e descobrir que o país não concedia visto de trabalho para estudantes de idiomas, a terra da rainha foi descartada.

Então a Irlanda surgiu. Os preços eram mais baixos e o mais importante, ao me matricular numa escola de inglês para estudar 25 semanas, ganharia visto de trabalho para 20 horas semanais e 40 horas durante o verão (maio a agosto) e entre dezembro e janeiro.

Continua depois da publicidade

A agência de intercâmbio indicou uma cidade menor, onde teriam menos brasileiros, como Galway ou Cork (no Sul da Irlanda). É uma boa sugestão para quem quer focar no inglês e fazer uma imersão na cultura do país. Mesmo assim, eu optei por Dublin. Queria um lugar mais cosmopolita e pertinho de um aeroporto internacional.

Leia as últimas notícias de Estilo de Vida

Eu consegui visto para um ano, em fevereiro de 2015. Mas as regras mudaram em outubro do ano passado e o estudante agora só tem visto para oito meses: seis meses de curso de inglês e dois meses de férias. Antes, ainda era possível renovar o visto até três anos, desde que matriculado em alguma escola. Com a nova regra, este período passa somente para dois anos. A regra para o trabalho continua sendo meio-período (20 horas semanais).

Muitas pessoas me questionam se ainda valeria a pena investir na Irlanda, após as mudanças e pelo fato de que o país está cheio de brasileiros. A minha resposta é de que vale sim. Se você se dedicar nas aulas, falar em inglês (não pode ter vergonha do sotaque!) e não ter medo do tal ¿subemprego¿, conseguirá aprender um novo idioma e garantirá um dinheirinho extra para viajar. Eu conheci 12 países, com passagens aéreas por 9,99 euros. E estas experiências ninguém tira de você (e dá aquele upgrade no currículo).

Continua depois da publicidade