Entre os atributos de Santa Catarina está a qualidade do ensino, como mostra reportagem nas páginas 34 e 35 do Diário Catarinense de domingo, dia 31 de abril. Mesmo sem esquecer que estamos no Brasil, onde a régua do ensino é baixa, o nosso Estado se destaca de forma positiva no ranking de índice de repetência, um dos principais indicadores do setor, graças a ações como a de municípios como Guaramirim.

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A cidade de 35 mil habitantes, localizada no Norte do Estado, investiu no apoio pedagógico, onde os professores ganham o auxílio de mais um profissional para identificar alunos com dificuldade de aprendizado, como descreve o repórter Diego Rosa, do jornal A Notícia. O objetivo do Diário Catarinense ao retratar este bom exemplo é o de inspirar municípios como Camboriú, onde o quadro é nada recomendável.

Aproveito a reportagem, destaque de capa desta edição, para apresentar aos leitores quem costuma estar por trás desse tema na Redação: a repórter Júlia Antunes Lorenço. Com apenas 27 anos, a mineira Júlia já se tornou especialista nas coberturas de Educação. Não sei, aliás, se sou preciso ao apresentá-la como mineira. Natural de Barbacena, é verdade, Júlia vive desde os dois anos em Florianopolis, para onde sua família foi transferida.

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2007, em seguida conquistou a oportunidade de trabalhar no DC, inicialmente como repórter da Revista de Verão. Logo, logo, porém, a simpática jornalista foi chamada para atuar no que na Redação se chama de o “Turbilhão da Geral”, a maior editoria do jornal, repleta de braços, como o da Educação. Convocada a assumir o projeto DC na Sala de Aula, que divulga os projetos positivos das escolas, foi amor à primeira vista.

Encantada pelo tema, foi convocada a participar da reformulação do caderno Vestibular. Desde então, seu sangue jornalístico pulsa mais forte quando recebe missões nesta área. No ano passado, muitos devem lembrar, Júlia produziu a série do centenário dos grupos escolares no Estado, uma ampla reforma no sistema de ensino do passado que deixou marcas até hoje, como as turmas divididas por série e um professor para cada série.

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Na reportagem deste domingo, Júlia mostra que, diferentemente do que foi regra por muitos anos, reprovar não é mais uma prática vista com bons olhos, segundo os especialistas. Cada vez mais, o papel da escola é fazer o aluno aprender. Se ele não foi bem em um determinado conteúdo, fazê-lo repetir o ano não vai ajudá-lo, necessariamente, a aprender. Se esse for o modelo, Santa Catarina pode fornecer a receita, baseada em dois pontos principais: o maior envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos e professores mais qualificados dentro das salas de aula.

Estas lições catarinenses estarão ainda mais presentes em nossas reportagens em 2012, posso afiançar. Sem poder adiantar muito, deixo aos leitores deste Diário de Redação uma pista: vem aí uma grande mobilização pela Educação. Convido-os, portanto, a estarem sintonizados conosco.

Bom domingo!