Quando a editora da Revista de Verão, Cristina Vieira, me propôs uma matéria sobre rafting, aceitei de cara. Morro de medo deste tipo de atividade e sabia que uma segunda avaliação me levaria à desistência.
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Em um dia de muitas nuvens com breves aberturas de sol, partimos eu e o fotógrafo Alvarélio Kurossu, junto com a turma do projeto Floripa Tem (que terminou na semana passada) para Santo Amaro da Imperatriz. Até este momento, pavor e curiosidade misturavam-se em minha cabeça.
Chegando ao Apuama Rafting, vesti o equipamento: capacete e colete salva-vidas por cima da roupa leve que usava. Nos pés, tênis para proteger de pedras e obstáculos. Alvarélio “instalou” em mim, ainda, uma câmera àprova d?água para registrar todo o percurso do âgulo mais realista possível.
Confira o vídeo:
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Depois do alongamento e de orientações básicas, subi no bote com mais cinco pessoas. Como estava com a câmera, sentei bem à frente para garantir as melhores imagens. Segundo meu guia, o chileno Sebastian Perez, o local em que me posicionei exige mais atenção e energia que os demais. Fiquei atenta a cada comando (remar para frente, para trás, segurar na corda) para não comprometer o desempenho da minha equipe, que se autodenominou Radical.
Equipe Radical escolheu passeio com emoção
Nosso guia tratou de virar o bote ainda na fase de instruções, para mostrar o que nos esperava. Empolgadísima, minha parceira na parte da frente da embarcação, a médica Lois Perito, de 41 anos, de Florianóolis, só pedia mais emoção.
O que veio em seguida foi um belo cenário. O trecho do Rio Cubatão que descemos está dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Curtimos a mata fechada, a água fresca e até um pequenino ninho de beija-flor. Mas nã se engane: o momento não foi nada bucóico. Na primeira corredeira o bote virou novamente. O quê para alegria do nosso fotógrafo e editor dos vídeos da Revista, rendeu ótimas imagens e boas risadas. Ele admitiu sem pudor.
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Ao longo do trajeto, paramos para tomar banho em pequenas cachoeiras que se formam nas corredeiras, saltar de pedras e nadar no rio. Depois dos primeiros minutos de aventura, me rendi completamente à diversão. A adrenalina superou o medo. Também estava gostando do exercício de remar intensamente. Não é preciso ser um atleta para dar conta, mas um pouco de condicionamento físico facilita na hora de manter o ritmo em mais de duas horas de descida.
A repórter vestiu o equipamento e encarou o desafio
Terminei o rafting encharcada, cansada, esfomeada, com uma unha lascada e muito feliz. Extremamente urbana, fiquei satisfeita por ter topado o desafio e curtido uma atividade que passa tão longe da minha rotina. De vez em quando, vale a pena sair da zona de conforto e explorar emoções desconhecidas.
Aventure-se
A Apuama Rafting tem mais de 10 anos de experiência em descidas no Rio Cubatão. A empresa oferece o equipamento completo. O passeio custa R$ 70 e pode ser realizado em qualquer dia da semana ao longo de todo o ano. A equipe busca os interessados em hotéis da região. A chuva ou o tempo nublado não impedem a atividade, que pode ser uma boa opção para dias em que não dá praia.
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Informações: www.apuamarafting. com.br ou pelos telefones (48) 3245-7602 e (48) 9103-6730.
Três tipos de passeio
Passeio Radical: corredeiras e velocidade
Radical: com duas horas de duração, a sessão tem cinco quilômetros de descida e passa por corredeiras de nível três e quatro (a variação, de acordo com altura e dificuldade, vai de um a seis).
Para todas as idades: essa opção é ideal para crianças. Tem duração de uma hora e trinta minutos por um percurso de aproximadamente quatro quilômetros. As corredeiras são de nível um e dois.
Expedição Cânion Preto: esta modalidade só pode ser feita quando o nível do rio está mais alto. Com corredeiras de nível três e quatro, o trajeto soma 14 quilômetros e dura aproximadamente quatro horas.
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Segurança
Apesar de ser um tipo de esporte bastante praticado, por ser feito entre pedras, o rafting pode oferecer riscos. O importante é procurar uma equipe qualificada e experiente para que a descida, além de divertida, seja realizada em segurança. O guia que conduziu o meu bote, Sebastian Perez, é formado no curso de turismo e aventura em uma universidade do Chile e se especializou em esportes aquáticos. Ao longo de todo o passeio, fomos bem orientados sobre o que podíamos ou não fazer. É prudente escutar quem tem experiência e não desafiar os limites do rio.