A decisão da Justiça Eleitoral de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos realçou as diferenças ideológicas de lideranças políticas de Santa Catarina. Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria pela condenação de Bolsonaro, representantes catarinenses se manifestaram sobre a punição ao ex-presidente.
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A ala petista, próxima ao presidente Lula, comemorou a decisão, enquanto apoiadores do ex-presidente Bolsonaro denunciaram um suposto caráter político no julgamento do órgão do Poder Judiciário. Confira abaixo algumas manifestações.
Líder do PL na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado estadual Carlos Humberto apontou elemento político na decisão desta sexta do Tribunal Superior Eleitoral.
— Foi um julgamento mais político do que técnico, portanto, não sou pego com surpresa. Existe grau de recurso, e acredito que o ex-presidente vai recorrer. Na nossa opinião, isso não é motivo para inelegibilidade, portanto as instituições, que a gente respeita e acredita, após a defesa recorrer, vão fazer justiça — acredita.
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O deputado estadual Fabiano da Luz, líder do PT na Alesc, disse que a decisão “mostra que ninguém está acima da lei” e que se deve respeitar “todas as instâncias, poderes, e as urnas”.
— Nesta decisão, o que prevaleceu foi o respeito à democracia brasileira — afirmou.
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Deputados federais vão ao Twitter
A decisão repercutiu também na bancada federal catarinense. A deputada Ana Paula Lima (PT) publicou mensagem no Twitter minutos após o voto decisivo de Cármen Lúcia que formou maioria pela inelegibilidade de Bolsonaro.
“Sem anistia para quem violenta a democracia, vitória histórica para o povo brasileiro!”, escreveu.
Também no Twitter, a deputada federal Caroline de Toni (PL), aliada de Bolsonaro, também se manifestou sobre a decisão e criticou a condução do processo.
“Um julgamento político, dos mais vergonhosos da história do Brasil, torna Bolsonaro inelegível. Ironicamente, a Justiça Eleitoral anulou 58 milhões de votos. Mas conhecemos o jogo. A direita não irá se apequenar. A luta por nosso Brasil está apenas no início”, publicou.
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A deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL) fez uma postagem curta e em tom crítico no Twitter após o TSE formar maioria pela inelegibilidade de Bolsonaro:
“Corrupção pode, dar opinião e questionar não”, postou.
A reportagem do NSC Total procurou também os prefeitos das três maiores cidades de Santa Catarina (Topázio Neto, de Florianópolis, Mário Hildebrandt, de Blumenau, e Adriano da Silva), para comentar a decisão contra Bolsonaro, mas não recebeu retorno até a última atualização.
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