Para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, a renúncia do papa Bento XVI, ao mesmo tempo em que pegou toda a Igreja de surpresa, mostra a grandeza do pontífice, que afirma estar deixando o cargo por não ter mais condições físicas para a função.

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– Ele não está pensando na pessoa dele; está pensando no bem da Igreja, da comunidade dos que creem – afirma Dom Leonardo, ouvido por Zero Hora na tarde desta segunda-feira.

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O bispo brasileiro, citando o cardeal italiano Angelo Sodano, decano do colégio dos cardeais, define o anúncio de Bento XVI como “um raio em céu sereno”, mas aponta como possível sinal da renúncia a visita que o chefe supremo da Igreja fez em 2010 ao túmulo de Celestino V, um papa que renunciou em 1294.

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Dom Leonardo, embora acredite que o próximo conclave (a reunião de cardeais em que o novo papa é eleito) deve ser mais breve que em caso de morte do pontífice, se recusa a apontar tendências ou nomes de favoritos ao posto.

– Existe um provérbio que diz: “Quem entra papa sai cardeal”. Normalmente se fazem conjecturas, mas do diálogo entre os cardeais é que vem o nome do futuro papa. No mais, é especulação. São hipóteses que não é inconveniente fazer, mas disso não nasce a figura do papa – destaca.