O CEO da Renault, Carlos Ghosn, afirmou nesta sexta-feira (15) que a fabricante automobilística francesa vai continuar no Irã, apesar do restabelecimento de sanções contra o Irã pelos Estados Unidos.

Continua depois da publicidade

“Não abandonaremos, embora tenhamos que executar fortes reduções”, afirmou aos acionistas durante sua assembleia anual em Paris nesta sexta, pois isso dará à empresa uma vantagem “quando o mercado se reabrir”.

Mesmo assim, detalhou que “cuidaremos para que nossa presença no Irã provoque medidas de retorsão diretas ou indiretas (contra a empresa) por parte das autoridades americanas”.

Os Estados Unidos anunciaram no início de maio sua retirada do acordo sobre o programa nuclear iraniano e decidiram restabelecer suas sanções contra o Irã, bem como contra todas as empresas que têm laços com a República Islâmica, dando-lhes um prazo entre 90 e 180 dias para deixar o país.

Continua depois da publicidade

Por outro lado, os acionistas da empresa votaram a favor de um novo mandato de Carlos Ghosn, que abre caminho para sua renovação como CEO do grupo.

Os acionistas também aprovaram sua remuneração para 2017 em 7,4 milhões de euros, apesar da oposição do Estado acionista. Sua remuneração para 2018, que ele prometeu reduzir em 30%, também teve a aprovação da grande maioria dos acionistas e do Estado.

* AFP