A segunda partida do Grêmio sob o comando de Renato Portaluppi foi de afirmação do grupo, segundo o técnico. Há 12 dias no time, o treinador afirma que a principal mudança da equipe foi a volta da motivação para vencer.
Continua depois da publicidade
– O vestiário, eu domino. Tenho anos de vestiário. Sei muito bem como tratar os jogadores. Sei a hora de passar a mão na cabeça e a hora de cobrar. Quando eu cheguei, isso aqui estava parecendo um velório. Precisávamos recuperar a alegria – disse Renato, se referindo ao momento no qual assumiu o time, após a saída de Vanderlei Luxemburgo.
Apesar da pressão sofrida principalmente no segundo tempo, Portaluppi considera que o placar favorável ao Grêmio contra o Botafogo é o mais importante neste momento, visto que ainda não houve tempo suficiente para que o trabalho com o grupo se reflita em boas atuações dentro de campo:
– Nesse momento, para mim, o mais importante é o resultado. Não tem como exigir muito do grupo em dois jogos. Prevaleceu a força de vontade, a garra dos jogadores. Aos pouquinhos, vocês vão ver a cara do treinador do Grêmio no time do Grêmio.
O técnico, muito prestigiado por Fábio Koff, afirmou que o presidente o parabenizou pela vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo.
Continua depois da publicidade
– O presidente falou exatamente isso: “Estamos resgatando a pegada do Grêmio”. E eu concordo plenamente com ele. O sufoco no final do jogo é normal. Nós estávamos enfrentando o líder do campeonato – disse.
Autor dos dois gols do Grêmio, Vargas também foi elogiado pelo treinador gremista. O chileno, segundo Renato, jogou na posição em que gosta de atuar.
– Eu não quero que ele jogue de costas para o adversário. Falei com ele pra ver o jeito que gosta de jogar e coloquei ele em campo na posição que gosta – afirmou o ex-atacante gremista, dizendo que também conversou com todos os outros centroavantes do grupo, pois essa era sua posição quando jogava futebol.
No final do jogo, quando Renato chamou Cris para entrar em campo, o zagueiro foi vaiado por parte da torcida – e o técnico reprovou a atitude destes torcedores. Sobre isso, o treinador comentou que, na sua passagem anterior, os gremistas também implicavam com outros jogadores que, depois, conseguiram se reafirmar e obter simpatia da torcida:
Continua depois da publicidade
– O Cris é jogador do Grêmio. Quando cheguei aqui em 2010, o torcedor não podia ver o Jonas e o Douglas e depois eles foram crescendo. Eu quero que o torcedor acredite no nosso trabalho.
Acompanhado da filha Carolina Portaluppi na coletiva de imprensa após o jogo, Renato contou sua relação com os familiares:
– Eu dou uma importância muito grande para a minha família. Minha família está aí. Minha filha também. E é pé quente. Se a gente perdesse, ia dizer pra ela não vir mais (risos).
Cogitado para sair do Grêmio, numa transferência para o Santos, Kleber atuou pela sétima vez no Brasileirão e, por isso, não pode mais ser negociado com outro time brasileiro neste ano. Renato admitiu conversa com o atacante na última sexta-feira.
Continua depois da publicidade
– Eu tive uma conversa muito séria com o Kleber e deixei bem claro a forma como trabalho. Não quero ninguém insatisfeito no grupo. Se ele achasse que era bom sair, a decisão era dele. Mas falei: “eu conto com você”. Jogamos aberto, olho no olho. Fez o sétimo jogo, agora é treinar e focar no Grêmio – concluiu.
zh.doc: a bola parada de Renato Portaluppi em Bento Gonçalves