A narradora Renata Silveira vai estrear a voz em Copa do Mundo na transmissão do jogo entre Dinamarca e Tunísia, no dia 22 de novembro. Ela será a primeira mulher a narrar uma partida do mundial pela Rede Globo.

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Em entrevista ao ge, Renata conta a expectativa para a Copa do Mundo no Catar e o “peso” da representatividade que vai carregar para as transmisões.

— Eu acho que essa ficha só vai cair na Copa mesmo. Nós demoramos a entender tudo que estamos conquistando e atravessando. Eu não queria ser a primeira narradora. Queria outras mulheres já tivessem feito isso antes. Dá aquele nervoso, a responsabilidade de ser a primeira a narrar um jogo de Copa na TV Globo. Preciso fazer isso direito, não posso errar. Tem sempre aquela cobrança interna. Mas ao mesmo tempo eu tenho de curtir e comemorar tudo isso. Tomara que em 2026 a gente veja mais narradoras, mais repórteres, mais comentaristas mulheres, mais negros, que nós tenhamos um elenco cada vez mais diverso. É desta forma que nós vamos chegar e conversar com quem está do outro lado.

— Em 2022 a Ana Thaís será a primeira mulher a comentar um jogo de seleção brasileira. Nós estamos escrevendo uma história, e isso é muito legal. O futuro é o que me motiva, porque é difícil para caramba. Nós recebemos muitas críticas. Mas quando você olha para frente e consegue enxergar que as coisas estão acontecendo, isso vai dando um gás para continuarmos. Qualquer menina que ligar a TV nesta Copa vai se identificar. ‘Nossa, tem uma mulher que narra. Eu posso fazer isso também’. Eu acredito que nunca me imaginei sendo narradora porque não tinha visto outras fazendo isso. Você acha que não pode, que é algo só para homens. Participar deste momento não tem preço — completou.

Renata Silveira vê o mundial como um envento para reunir o Brasil, que segundo ela está dividido há alguns anos.

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— A Copa do Mundo extrapola qualquer acontecimento. Eu acredito que a Copa irá unir todo mundo depois de tanto tempo. Nós estamos precisando disso. E não só para quem gosta de futebol. Todos estarão lá torcendo e vibrando — finalizou.

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