O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encontrou-se, às 15h desta terça-feira, na residência oficial da Casa, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Às 18h, Renan estará com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Na quarta-feira, às 11h, será a vez de o senador se encontrar com o vice-presidente Michel Temer.

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Os encontros ocorrem próximos à votação pelo plenário do Senado que, em maio, decidirá se afasta Dilma e abre o processo de impeachment contra a petista. Caso o processo seja aberto, Temer assumirá interinamente o comando do país. Antes, contudo, o processo deve passar pela análise da comissão especial do impeachment no Senado. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito oficialmente, nesta terça-feira, presidente da comissão e o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) assume a relatoria do processo.

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Desde o ano passado, Renan tem sido um dos principais aliados de Dilma para tentar escapar do impeachment. Contudo, recentemente, o peemedebista adotou postura de quem atua como juiz no processo.

Após se encontrar com Lula e Dilma, Renan estará com Temer — os políticos são desafetos históricos no PMDB — em um encontro que tem sido costurado desde a semana passada por interlocutores das duas partes. Em deferência a Renan, Temer vai à residência oficial do Senado.

Se assumir, Temer terá de aprovar no Congresso até o final de maio a proposta de revisão da meta fiscal de 2016, sob pena de paralisar a máquina pública federal. Temer terá menos de 20 dias para fazer a mudança e terá de contar com boa vontade de Renan, que preside o Congresso, para garantir a alteração.

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*Estadão Conteúdo