O presidente do Senado, Renan Calheiros, alvo de intensas críticas nas redes sociais, inclusive de uma petição online que já amealhou mais de 1,6 milhão de assinaturas pedindo o seu impeachment, concedeu nesta terça entrevista ao programa Gaúcha Atualidade e disse que a melhor resposta aos protestos é fazer um bom trabalho.
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– Nós assumimos o compromisso de uma reforma administrativa profunda, que implicou um corte de R$ 262 milhões em dois anos. Acabamos com secretarias, diretorias. O Senado passou por um período de gigantismo; fizemos fusões. Elevamos a jornada de trabalho dos servidores e concluimos a tramitação da extinção do 14º e 15º salários – disse o senador, que promete uma Secretaria de Transparência para tornar o Legislativo “o mais transparente dos Poderes”.
Sobre a petição online pelo seu impeachment, Calheiros questionou a confiabilidade do número de assinaturas, mas reconheceu a validade da crítica:
– Uma coisa é o protesto pela rede, com robôs, com repetição de assinatura. O senador Requião [Roberto Requião (PMDB-PR)], por exemplo, disse que teria votado em meu próprio nome e em nome de outras personalidades e teria recebido a certificação do voto. Mas eu nunca dimensionei o número de assinaturas da petição. Isso não importa. O que importa é que, se uma pessoa protestar, essa mensagem tem de ser levada em consideração. Se eu fosse jovem, eu mesmo estaria nessas manifestações – afirmou.
O presidente do Senado também falou a respeito da votação dos vetos sobre os royalties do petróleo, que deve ocorrer nesta terça-feira e disse que pretende fazer acordos para garantir que seja votado com a maior celeridade possível;
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– Vamos fazer um esforço para votar primeiramente os royalties. Esse veto tem 140 dispositivos. Poderemos votar em globo mas poderemos ter de destacar alguns desses dispositivos. O que estou querendo fazer é um acordo de proecdimento com as lideranças, sobretudo com representantes do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Eu acho que, na negociação, poderemos estender o número de oradores para contemplar essas bancadas e ter um processo de apreciação sem trauma e discordâncias .
Ouça a íntegra da entrevista: