A maior cheia do Rio dos Sinos desde 1965 fez com que a estatística de afetados pelas enchentes no Estado praticamente dobrasse de um balanço para outro da Defesa Civil.

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Com mais de 8 mil desalojados, São Leopoldo fez com que o dado estadual pulasse de 6,9 mil para 14,7 mil. Somados aos desabrigados (aqueles que precisam de abrigos públicos), são 17,6 mil os gaúchos que tiveram de deixar suas casas por conta das enchentes.

O salto na estatística chamou a atenção, já que no balanço divulgado pela Defesa Civil às 18h de quarta-feira, o número de afetados pelas chuvas havia reduzido para 9,9 mil. No balanço das 22h, já eram 17 mil.

Segundo o sargento João Geraldo Rodrigues, do Centro de Operações da Defesa Civil do Estado, o aumento significativo se deve à remoção de moradores dos bairros Feitoria e Scharlau.

– Tivemos de retirar quase o bairro inteiro, porque eles estão debaixo d’água. No Rio dos Sinos, a enchente chega depois da chuva, porque lá deságuam outros rios e muitos arroios – explica Rodrigues.

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Um novo balanço oficial foi divulgado às 10h desta quinta-feira. O número de atingidos quase não se alterou: 2.860 desabrigados e 14.793 desalojados, num total de 17.654 afetados pelas cheias.

De acordo com o presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio dos Sinos, Arno Kayser, esta é a maior enchente no Rio dos Sinos desde 1965.

A cheia provoca transtornos até mesmo na BR-116, entre Sapucaia do Sul e Esteio, onde a água invadiu a pista lateral da rodovia, causando lentidão e congestionamento na manhã desta quinta-feira.