Passava os olhos na publicidade misturada às notícias do jornal de ontem e contei algumas notificações emitidas pela Prefeitura de Joinville relacionadas a terrenos baldios. Mostrei-as a colega que acompanha melhor estes assuntos da esfera administrativa e ele me disse que já topara com outras, que estão rolando.

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Exultei. Sim, exultei ao saber que está se puxando a orelha, num primeiro momento, e (imagino) multando-se, num segundo instante, o desleixo a que se relegam algumas propriedades que, tomadas pelo mato, facilmente viram depósitos clandestinos – de lixo, de restos de construção, da galhada que restou da poda da árvore. Em claro desrespeito à vizinhança. Isso quando não é um próprio vizinho que contribui com o agravamento do problema, caindo na tentação de descartar tranqueira qualquer no espaço de uma área sem cuidado, que deveria estar roçada, carpida, cercada, ocupada talvez por uma horta.

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Até pouco tempo, um terrenão de esquina perto de onde moro era uma visão deprimente – certa vez, cheguei a fotografar a situação e entregar a imagem ao Saavedra, que a publicou. Era uma montanha de tudo – bacio, portas, muitas carcaças de televisores, pneus. Hoje, a propriedade está sendo cercada, o que é um alento.

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A responsabilidade do proprietário precisa ser cobrada com rigor. Pelo que vi das notificações que renderam esta abordagem, os donos das áreas estão ganhando prazo para botar a casa em ordem. Alivia saber. Difícil entender que a consciência das pessoas precise deste empurrão para ser praticada.

Haverá quem diga, possivelmente, que se trata de mais uma “indústria da multa”. Discordarei respeitosamente. É o tal do remédio amargo. Todos queremos o melhor ambiente possível.

Ideal seria, também, flagrar e punir aqueles que se aproveitam de um mal para cometer outro – quem faz de um terreno baldio o seu lixão particular. Difícil, será necessário um exército considerável nas ruas praticando eficaz fiscalização, o que é algo meio utópico.

Cobrar responsabilidades pode ser um começo. O que é papel também do próprio cidadão em relação aos órgãos públicos. Sim, também há caso de desleixo de quem cabe zelar e dar exemplo.

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