O caso do relógio que monitora a glicose sem furar o dedo, tecnologia inédita no mundo criada por um professor de Santa Catarina, ganhou um novo capítulo. O eGluco, como foi batizado, tornou-se oficialmente uma marca registrada e já possui propriedade intelectual (PI) tanto de hardware quanto de algoritmo. Esta é uma tecnologia inédita no mundo.
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— O eGluco 3, versão anterior do dispositivo, obteve sucesso em testes clínicos realizados com 67 pacientes do Hospital de Azambuja, em Brusque. O estudo alcançou uma predição de 97,6% de precisão entre os pacientes diabéticos, consolidando a relevância da solução para o monitoramento da saúde. Atualmente, essa versão continua em uso, sendo aplicada em pacientes internados na UTI do mesmo hospital — destaca o pesquisador da Udesc Joinville, professor Pedro Bertemes Filho, líder do projeto.
Veja fotos do relógio que monitora a glicose
Agora, o dispositivo ganhou uma nova versão. O eGluco 4 foi selecionado no edital da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esse resultado garantirá a produção inicial de 100 relógios, ampliando o alcance da tecnologia.
Conforme Bertemes, o eGluco 4 é um relógio de pulso não invasivo para medição da glicose sanguínea. Utilizando bioimpedância elétrica e outros sinais biomédicos, o dispositivo foi desenvolvido por pesquisadores da Udesc e parceiros.
— O dispositivo é pareado com o aplicativo disponível para os celulares. São utilizados eletrodos de ouro que injetam sinais elétricos na pele, de baixa intensidade, sem dar choque. A partir disso, os parâmetros elétricos desse sinal são usados para dar o diagnóstico — explica.
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Com o dispositivo, os usuários podem monitorar seus níveis de glicose sem a necessidade de picadas de agulhas e com a facilidade de visualizar os dados em um só lugar, em qualquer momento do dia.
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