O conceito de “relógio biológico”, tradicionalmente associado às mulheres, também tem relevância para os homens, segundo apontam estudos recentes. As pesquisas demonstram que a idade masculina afeta tanto a fertilidade quanto as chances de complicações na gravidez. Embora os homens continuem a produzir espermatozoides ao longo da vida, a qualidade do sêmen diminui significativamente após os 40 anos, impactando a capacidade de conceber, assim como a saúde da gestação e dos filhos.
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De acordo com a pesquisadora Karin Hammarberg, que publicou um artigo no site The Conversation, homens acima dos 50 anos enfrentam maior risco de ver suas parceiras passarem por complicações durante a gravidez.
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Um estudo analisando mais de 46 milhões de nascimentos nos Estados Unidos indicou que pais nessa faixa etária têm 16% mais chances de ter filhos prematuros, 14% mais de dar à luz bebês com baixo peso e 13% mais chances de que suas parceiras desenvolvam diabetes gestacional. Além disso, esses homens que “ultrapassaram” o relógio biológico são mais propensos a utilizar tecnologias de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.
Entenda como o relógio biológico masculino afeta a fertilidade e saúde dos filhos
Impactos da idade na fertilidade masculina
Segundo o estudo, a fertilidade masculina diminui conforme os homens envelhecem. Daí o uso da expressão “relógio biológico”. Isso porque. homens acima dos 40 anos apresentam uma queda acentuada na qualidade do sêmen, tornando mais difícil para suas parceiras engravidarem. O estudo mostrou que mulheres cujos parceiros têm 45 anos ou mais levam até cinco vezes mais tempo para engravidar do que aquelas com parceiros mais jovens.
Riscos de gravidez e saúde dos descendentes
Homens com mais de 50 anos não só enfrentam maior dificuldade para conceber, como também aumentam as chances de complicações durante a gravidez. A pesquisa analisou mais de 46 milhões de nascimentos nos EUA demonstrou que pais nessa faixa etária, além do “relógio biológico” têm 16% mais chances de que seus filhos nasçam prematuros e 14% mais chances de que nasçam com baixo peso. Além disso, as parceiras desses homens são mais propensas a desenvolver diabetes gestacional.
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Aumento no uso de reprodução assistida
Outro fator relevante é o uso de tecnologias de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (IVF), que se torna mais comum entre homens mais velhos. Estudos indicam que casais em que o homem tem mais de 50 anos são duas vezes mais propensos a recorrer a esses tratamentos do que casais mais jovens.
Efeitos na saúde das crianças
Os filhos de pais mais velhos apresentam maior risco de desenvolver condições como autismo, esquizofrenia e transtorno bipolar. Esses riscos estão associados à idade paterna avançada e ao aumento de mutações genéticas nos espermatozoides com o passar dos anos.
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