A Festa do Divino Espírito Santo teve origem em Portugal, quando a Rainha Isabel (1271-1336), casada com Dom Diniz, rei daquele país, propagou a devoção ao Espírito Santo, como pagamento de promessa feita à divindade. Isabel coroava um ‘Imperador’ simbolicamente e servia um banquete a ele e aos pobres, além de distribuir esmolas.
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De Portugal a Festa do Divino chegou às ilhas dos Açores, por volta de 1522, fortalecendo-se como tradição.
No século 16 a devoção ao Espírito Santo chegou ao Brasil, com o povoamento português que se fixou nas províncias, trazendo a religiosidade de Portugal continental. Santa Catarina recebeu, a partir de 1748, açorianos com motivações religiosas que caracterizariam uma Festa do Divino com influência da Terceira, uma das nove ilhas do Arquipélago dos Açores.
Em fevereiro de 1777 a invasão espanhola à Ilha de Santa Catarina colocou em fuga muitos portugueses açorianos. Alguns se estabeleceram em Penha (no lugar conhecido por Itapocorói), transformando o espaço geográfico em símbolo de sua religiosidade.
As atividades ligadas à festa (visitas das bandeiras, cantoria dos foliões, procissões, novenas, almoços do Imperador) transformam a Festa do Divino em Penha em expressão do amor de um povo que tem no Imperador do Divino um ícone do ritual realizado há 178 anos, em 2014.
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Quem é o Imperador? É um homem simples; para quem usar a coroa (mesmo que num tempo curto), é uma questão de honra e prestígio. Não de mando, e sim como elo fortalecedor com a comunidade, que trabalha sob a coordenação sua e da Imperatriz.
A escolha para Imperador do Divino é feita por sorteio: doze bilhetes com nomes de candidatos são colocados numa urna. Outros 11 bilhetes em branco, e mais um no qual está escrito Imperador, são depositados em outra urna. Na tarde de Domingo de Pentecostes (50 dias após a Páscoa) acontece o sorteio na Igreja Matriz de Penha, quando o Padre Vigário anuncia um novo Imperador do Divino.
A Festa do Divino de Penha é a mais característica dessas festas no litoral catarinense, em locais de origem açoriana.
Um verdadeiro Relicário do Divino!