Uma sensação de constrangimento envolveu os torcedores brasileiros na vitória por 3 a 1 contra a Croácia, nesta quinta-feira, na estreia na Copa 2014. Consequência do erro do japonês Yuichi Nishimura, que assinalou pênalti inexistente sobre Fred, no lance do segundo gol, marcado por Neymar.

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Estreia com vitória foi o mais importante, analisam jogadores

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Trata-se do mesmo árbitro que, na Copa de 2010, na África do Sul, protagonizou o polêmico lance da expulsão de Felipe Melo, na derrota brasileira para a Holanda que eliminou a equipe de Dunga nas quartas de final.

– Houve o contato, o que não caracteriza uma infração. O Fred valorizou e se jogou no chão. Nishimura errou ao marcar o pênalti – avalia Márcio Chagas, analista de arbitragem da RBS.

Os croatas também reclamam que o próprio Neymar poderia ter sido expulso pela cotovelada em Modric. Também é esta a interpretação de Diori Vasconcelos, comentarista de arbitragem da Rádio Gaúcha.

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Benefícios da arbitragem ao Brasil não são novidade em Copas do Mundo. O que se viu nesta tarde, no Itaquerão, remeteu ao ocorrido em 2002, ano da conquista do penta, no Japão. A vitória na estreia, contra a Turquia, também teve pênalti inexistente.

Naquele ano, o protagonista foi o também centroavante Luizão, que sofreu a falta fora da área, mas caiu dentro dela, induzindo o árbitro sul-coreano Young Joo Kim a assinalar a penalidade, convertida por Rivaldo.

Na mesma Copa, na etapa de oitavas de final, a Bélgica sairia na frente se o árbitro jamaicano Peter Prendergast não anulasse o gol legal de Marc Wilmots. No fim, o Brasil chegou aos 2 a 0 e avançou na competição.

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Na Copa de 1962, entrou para a história a passadinha de Nilton Santos, que evitou a marcação de um pênalti contra o Brasil, em jogo diante da Espanha. Depois de derrubar um espanhol dentro da área, o melhor lateral-esquerdo já produzido pelo futebol brasileiro deu dois passos adiante e induziu o árbitro ao erro.

Também é verdade que já fomos prejudicados. Ainda hoje reclamamos do erro do árbitro galês Clive Thomas, que anulou gol de cabeça de Zico na Copa de 1978, argumentando que já havia encerrado a partida quando o atacante cabeceou para a rede em escanteio batido por Nelinho.

Há quem enxergue nos erros a teoria da conspiração. Para esses, é do interesse econômico da Fifa proteger o Brasil, uma potência do futebol mundial, cuja saída precoce de qualquer competição acarreta desinteresse do público e patrocinadores. O mais justo, contudo, é dizer que erros de arbitragem são comuns e não escolhem beneficiários.

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