Um assassinato brutal que marcou os notíciários no meio da pandemia, em 2020. Esse é o caso da família Gonçalves, tema do episódio desta quinta-feira (2), do Linha Direta. O programa da TV Globo irá realizar a restituição do crime, além de trazer depoimentos inéditos dos familiares de Romuyuki Gonçalves, Flaviana Gonçalves e do filho mais novo do casal, Juan Gonçalves, vítimas de um crime planejado pela outra filha do casal, Anflávia Gonçalves.

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De acordo com as investigações do caso, a filha mais velha do casal teria cometido o crime, em conjunto com a namorada, Carina Ramos, para levar um quantia de dinheiro que estaria guardada em um cofre. Porém, versões diferentes do caso foram apresentadas pelos envolvidos. Alguns afirmam que o crime seria apenas um assalto e que a morte foi planejada depois, mas outros apontam que a filha e a namorada seriam mandantes da chacina. Ambas, já foram condenadas e outros três participantes do caso já estão presos.

O crime foi descoberto após a denúncia do incêndio no carro da família, em uma estrada de São Bernardo do Campo, cidade vizinha de Santo André, e no ABC Paulista. Policiais foram chamados por conta das chamas, mas acabaram descobrindo os três corpos dentro do carro.

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O que aconteceu no caso da família Gonçalves?

A chacina da Família Gonçalves começou na noite do dia 27 de janeiro de 2020 e terminou no dia 28. Porém, o planejamento começou antes da data. Isso porque, tudo começou, quando a filha mais velha do casal iniciou um relacionamento com Carina Ramos. As brigas entre Anaflávia e os pais, que não aceitavam a relação, eram constantes e ela chegou a se mudar da casa em que morava com a família, em Santo André, no Estado de São Paulo, para morar com Carina.

De acordo com relatos das investigações, Anflávia e Carina passavam por dificuldades financeiras, e então, decidiram realizar o assalto aos próprios pais. O foco da dupla seria um cofre que o pai guardava em casa, o qual teria R$ 85 mil reais de uma herança recebida. Para execução do roubo, Juliano e Jonathan Ramos, primos de Carina, foram chamados. Além deles, outra pessoa também teve participação, Guilherme da Silva.

Na noite do dia 27 de janeiro, Carina e Anaflávia, além de Juliano, Jonathan e Guilherme, foram até a casa da família. Lá estavam o pai e o irmão mais novo de Anflávia, Juan, com apenas 15 anos na época. A mãe da família, Flaviana, chegou no meio da ação. Após procurarem pelo cofre oupelo dinheiro, mas sem sucesso, foi que a ideia da morte da família teria surgido. É nesse momento que as histórias entram em contradição.

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Mesmo sem encontrarem o dinheiro, os criminosos decidiram levar pertences da casa, como joias e uma arma. Dólares e cerca de R$ 8 mil reais também foram levados, além de eletrodomésticos e o carro da família.

Por que a motivação para a chacina tem divergências?

Anaflávia e Carina negam que o planejamento da chacina tenha sido feito desde início. Segundo o depoimento delas, a ideia da chacina foi dos primos de Carina. Porém, na restituição do crime e nos depoimentos, ambos alegam que a ideia foi da prima. A decisão teria sido tomada entre as duas após perceberem que o dinheiro não estava na casa. Guilherme, que era vizinho das namoradas, não disse de quem seria a intenção de matar.

A divergência também está em quem teria tido a ideia de carbonizar os corpos. Porém, mesmo sem serem esclarecidos, estes pontos serviram para a condenação do grupo de cinco criminosos por roubo, homicídio doloso qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas, ocultação de cadáver e associação criminosa.

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Quem eram as vítimas da chacina da família Gonçalves?

As três pessoas assassinadas eram pai, mãe e filho.

  • Romuyuki Veras Gonçalves, tinha 43 anos na época e era empresário prestador de serviços de uma montadora de veículos
  • Flaviana de Meneses Gonçalves, tinha 40 anos, era mãe de Anaflávia e proprietária de duas perfumarias
  • Juan Victor Gonçalves, tinha 15 anos e era filho do casal Romuyki e Flaviana, além de irmão de Anaflávia

Como as vítimas morreram?

De acordo com a perícia, a causa da morte das vítimas foi espancamento, com pauladas na cabeça. Embora os corpos tenham sido carbonizados e encontrados no carro da família, em São Bernardo do Campo, os membros da família foram mortos antes.

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A reconstituição do crime ainda aponta que eles podem ter sido asfixiados com sacolas plásticas e água sanitária antes da morte.

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