Na manhã desta quinta-feira (15), um dos grandes ídolos da história do Figueirense e terceiro maior artilheiro da história do clube, Albeneir Marques Pereira, o Bena, faleceu aos 65 anos, em Biguaçu, na Grande Florianópolis. Pelo time alvinegro, onde chegou em 1982, ele jogou por sete temporadas e disputou 221 jogos, anotando 93 gols e ficando atrás apenas dos craques Fernandes e Calico.

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Natural de Baldim, em Minas Gerais, ele marcou época no futebol catarinense vestindo também as camisas de Joinville, Marcílio Dias e Avaí, onde encerrou a carreira em 1993. Fora do Estado, além da formação nas categorias de base do Cruzeiro (MG), defendeu as cores do Nacional (AM), Brasília (DF), Operário (MS), Matsubara (PR), Athlético Paranaense (PR), Grêmio (RS), Novorizontino (SP), Internacional de Limeira (SP), Goiás (GO), Aymoré (RS) e Grêmio Maringá (PR).

No ano de centenário do Figueira, Albeneir foi convidado especial da CBN Floripa para o programa “Quatro em campo”, contando sobre sua trajetória no clube e sobre as comemorações para os 100 anos da instituição. Apesar de não ter ganhado títulos pelo clube, o centroavante de 1,98m fez história durante os anos 1980 e marcou toda uma geração.

— Eu não tenho um título de Campeonato Catarinense pelo Figueirense, mas dedicação, amor e carinho nunca faltaram ao clube do meu coração. Eu posso resumir em uma palavra: identificação. É um privilégio muito grande ter esse reconhecimento — contou em entrevista ao Globo Esporte em 2021.

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Ídolo do Figueirense, Albeneir Marques morre em Florianópolis

O ex-jogador chegou a ter um livro publicado pelo jornalista Polidoro Júnior em 2017, para a coleção “Eternos Craques”.

— O Bena, como é carinhosamente chamado, foi um dos jogadores mais incríveis da sua geração. Além do faro de gol, era polêmico fora de campo, o que fez dele um dos personagens mais marcantes do futebol catarinense. Merece todas as homenagens e reconhecimento — destacou Polidoro na época.

Bena é o terceiro maior artilheiro da história do Figueira (Foto: Cristiano Estrela/Agência RBS)

Carreira

Nascido em 1957, Bena iniciou a carreira nas categorias de base do Cruzeiro e chegou ao Figueirense em 1982, após passagens por outros clubes. A estreia pelo Furacão foi no dia 12 de maio, em empate por 2 a 2 diante do Blumenau, no Orlando Scarpelli.

Jornalista Polidoro Júnior lança livro sobre a trajetória do ex-jogador Albeneir

— Cheguei no Figueirense em 1982. Foram sete anos, indo e voltando, em que aconteceram coisas maravilhosas. Vivi uma relação de amor e ódio com a torcida. Fui vaiado, mas na maioria das vezes aplaudido. Nem sabia que eu tinha feito 93 gols. Se soubesse, me esforçaria para fazer mais. Mas tudo que fiz foi com amor a camisa, com amor à torcida. Sou um cara privilegiado e hoje sou torcedor do clube — afirmou o jogador em 2011.

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Jogador marcou época no futebol catarinense nos anos 80 (Foto: Divulgação)

Albeneir também defendeu a Seleção Brasileira de base e atuou por clubes de peso do futebol brasileiro, entre eles Cruzeiro e Grêmio, onde foi parceiro de ataque de Renato Portaluppi entre 1984 e 1986. Nessa época, chegou a ser convocado pela Seleção Brasileira Olímpica, mas ficou de fora após a CBF optar por levar o Internacional para disputar os Jogos Olímpicos.

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Apesar de não ter levantado troféus pelo Figueira, ele foi campão estadual com o Brasília em 1978 e 1980, campeão mato-grossense com o Operário em 1979 e campeão gaúcho duas vezes com o Grêmio em 1985 e 1986.

Pelo Avaí, grande rival do clube onde deixou o maior legado, marcou 11 gols em 49 partidas, encerrando a carreira em 1993. Com as chuteiras aposentadas, se dedicou a causas sociais de prevenção e combate ao uso de drogas, presidindo o Conselho Municipal de Entorpecentes de Biguaçu e atuando como voluntário no Centro de Tratamento Recanto Silvestre.

Com a camisa do Avaí, Bena marcou 11 gols em 49 partidas (Foto: Divulgação)

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