Os cinco membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Codetran votam no dia 24, às 14h, o relatório final sobre os supostos crimes investigados na Operação Parada Obrigatória II. A data foi definida nesta terça-feira em uma reunião entre os membros da comissão.

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Relator do documento, o vereador Fernando Pegorini (PP) diz que, até lá, o resultado das investigações dos parlamentares permanece em sigilo.

– Fizemos uma conversa com os vereadores da CPI para discutir partes do relatório e repassar algumas informações, mas ele ainda se mantém em sigilo até que se apresente oficialmente no dia 24. Há fatos que se confirmam e algumas coisas novas com relação à investigação, mas há encaminhamentos tanto para Comissão de Ética da Câmara de Vereadores, para a prefeitura de Itajaí e também para o Ministério

Público – explica.

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A CPI foi instaurada no final de agosto do ano passado e desde setembro apura os fatos apurados pelo Gaeco que escancararam um escândalo envolvendo a Coordenadoria de Trânsito de Itajaí e o pátio de apreensões que presta serviços ao município. Entre os réus da ação, está o ex-vereador José Alvercino Ferreira (PP), o Zé, que ficou preso durante quatro meses e teve seu mandato extinto pela Câmara no final do ano.

Segundo Pegorini, o relatório foi elaborado a partir dos depoimentos e dos pedidos de informações feitos pela CPI. Ele explica que trabalhou na conclusão durante o recesso parlamentar, confrontando os dados repassados pela prefeitura e as provas coletadas pelo Gaeco.

Conforme o regimento interno, os membros da CPI – o presidente Thiago Morastoni (PT), Clayton Batschauer (PR), Laudelino Lamim (PMDB), Dulce Amaral (PSD), além de Pegorini – se encontram dia 24 para discutir e votar o relatório.

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Se a maioria do grupo votar pela aprovação, o documento será levado à Mesa Diretora para que se faça um projeto de resolução e os 21 vereadores votem os encaminhamentos das investigações.

Se houver alguma divergência entre os parlamentares da comissão, há a possibilidade de se eleger um novo relator e parte do documento ser refeito.

– Tenho convicção de que vai ser tranquilo por que durante todo o processo de CPI não tivemos divergências. Trabalhamos no mesmo caminho e o relatório simplesmente é o que foi discutido aqui na CPI, tudo o que foi colocado nós averiguamos e conseguimos espremer as verdades. Relatei aqui o trabalho de cinco membros, não é só o que eu fiz – afirma Pegorini.

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A expectativa é que toda a tramitação, inclusive a votação em plenário das recomendações do grupo, seja concluída até 16 de março.