Mais de cinco mil pessoas já morreram em nove meses de protestos contra o governo do ditador Bashar Al-Assad na Síria, apontou relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira. Moradores fecharam o comércio e se negaram a enviar os filhos às escolas em várias regiões do país, em um gesto de desobediência civil para pressionar o presidente pelo fim do derramamento de sangue.

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A comissária para os direitos humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, disse que informou ao Conselho de Segurança sobre o aumento do número de mortos, sendo cerca de 300 crianças e milhares de presos. Pillay recomendou que a Síria seja investigada pela Corte Penal Internacional, o tribunal permanente de crimes de guerra, para averiguar atentados contra a humanidade.

A embaixadora americana da ONU, Susan Rice, disse que a declaração de Pillay “enfatiza a urgência de tempo presente” e pediu ao conselho que tome providências concretas para pôr fim à violência no país. Bashar Al-Assad ainda não mostrou sinais de relaxar a ofensiva contra civis, apesar da crescente pressão internacional.

Recentemente a União Europeia, a Liga Árabe e a Turquia impuseram uma avalanche de sanções econômicas contra a Síria, as quais castigam a economia local. O ditador enfrenta problemas também com aliados, que começam a declarar a intenção de que os ataques sejam cessados.

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