Uma equipe composta por técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma), três representantes da Secretaria Municipal de Planejamento Desenvolvimento Econômico e Sustentável e um representante da Baltt Terraplanagem percorreram, nesta semana, o rio Piçarras com o objetivo de verificar a situação da mata ciliar, que sofreu intervenção durante as obras de dragagem e desassoreamento iniciada em 2010. Após vistoria ficou constatado pela equipe que a área mais afetada pelas obras foi a Ilha do Socó. A Fatma verificou a necessidade de intervenção urgente para a regeneração do ecossistema.
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A vistoria dos técnicos foi feita à partir do Iate Clube Piçarras em uma lancha, subindo o rio Piçarras, passando pela da Ilha do Socó na junção dos Rios Piçarras e Furado. Foi percorrido o trecho entre a ponte da divisa com Penha e a ponte sobre o rio Piçarras na BR-101.
Conforme constatações da equipe existem pontos onde o solo encontra-se exposto, com início de processo de erosão, já carregando material dragado depositado sobre a faixa ciliar. Também foi registrado que foram introduzidas de forma clandestina, espécies exóticas de reflorestamento (Eucaliptus) em um trecho destinado à recuperação. Além disso, foi constatado que o material da dragagem, depositado à margem da ilha, está impedindo a regeneração da vegetação natural e interrompendo os processos ecológicos do ecossistema.
Dentre as recomendações dos técnicos da Fatma, está a intervenção urgente no trecho da Ilha Socó. Além disso, ao longo do rio Piçarras existe a necessidade enriquecimento ecológico através de plantio de árvores nativas. Também foi recomendada a instalação de poleiros para atrair a fauna, trazendo sementes de espécies diferenciadas, além da retirada do material de dragagem depositado irregularmente sobre as margens da Ilha do Socó, para permitir a ação da maré sobre a área e o reinício do processo de regeneração biológica.
Segundo o secretário municipal de Planejamento, Francisco Carlos Teles, na próxima segunda-feira, uma reunião será realizada na sede da Fatma em Itajaí, para avaliadar as medidas que foram sugeridas,e enviar um relatório para o Ministério Público, que deverá tomar as decisões cabíveis, com objetivo de exigir a recuperação do dano ambiental.
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