A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) fez uma vistoria à sede da Reserva Estadual do Sassafrás, em Doutor Pedrinho, dia 24 de outubro para avaliar como ficou o local depois da passagem dos indígenas pela área durante a ocupação. Há quase 20 anos, há uma disputa por terras entre indígenas e colonos em quatro cidades do Vale do Itajaí e Norte catarinense. O relatório da Fatma diz que foi encontrado um cenário de destruição.
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Logo na entrada, um cão morto com dois tiros na cabeça. Duas casas usadas por pesquisadores foram incendiadas, assim como a residência de alvenaria que servia de escritório para a administração da reserva.
– Nos deparamos com uma situação lastimável de vandalismo, covardia e ousadia por parte dos invasores – escreveu a Fatma.
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A coordenadora substituta local da Funai, Natalina Vergueiro, diz que não há provas do envolvimento dos índios nos danos à sede. Como os indígenas negam ter cometido vandalismo, ela aponta a hipótese de alguém ter se aproveitado do protesto e causado os danos.
O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Michael Gonçalves, acompanhou o pedido de abertura da estrada trancada pelos índios. Ele não tinha sido informado sobre a destruição na sede até o fim da semana passada. A SC-477 continua trancada.