O Fórum de Competitividade e Desenvolvimento do Oeste de Santa Catarina, criado há três anos, apresenta nesta quinta-feira, em Chapecó, o relatório dos estudos realizados por um conjunto de entidades e organizações, sob a coordenação da Fiesc e Unoesc. Trata-se do primeiro e mais consistente diagnóstico das últimas décadas sobre a situação socioeconômica da região, os desafios e as prioridades.

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O Oeste engloba hoje 120 municípios, um quinto da população estadual, com grande participação nas exportações de aves e presença acentuada de seus produtos no mercado interno, o que garante emprego e renda para milhares de famílias e colaboração expressiva na arrecadação estadual. O documento traz novidades. Enfatiza, claro, a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura. Uma região de trabalhadores dedicados, empresários criativos e empreendedores, população receptiva, que não encontra nos governantes estaduais e federais a necessária reciprocidade. A duplicação da BR-282 continua no papel. E mais grave: se não dá logo para duplicar, não promovem ampliações, faixas duplas, vias marginais nem correções no traçado para facilitar o escoamento da produção e evitar os trágicos acidentes. O aeroporto é municipal e apesar de Brasília ter uma receita significativa não se veem investimentos para melhoria do transporte aéreo.

Ferrovia? Esquece… Governos do PT prometeram, prometeram e na prática nada aconteceu nestes 13 anos.Há também problemas que o governo estadual precisa atacar – e com urgência – para melhoria do sistema de energia elétrica. Mas o que o fórum aponta como prioridade número um está na educação. É sabido que o Oeste conta com várias e boas universidades. Mas há carências notórias na educação infantil e no ensino fundamental. O Oeste iniciou este excepcional ciclo de desenvolvimento a partir da década de 1960. Está precisando de um novo Celso Ramos.

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