Na primeira reunião da CPI mista para apurar a relação do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas, na tarde desta quarta-feira, o relator da comissão, o deputado Odair da Cunha (PT-MG), apresentou o seu plano de trabalho e as sugestões dos primeiros depoimentos.

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Pela previsão de Cunha, o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prestará depoimento no dia 17 de maio. O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), suspeito de manter ligações com o contraventor e de ter recebido cerca R$ 3 milhões, está previsto para ser ouvido em 31 de maio. Demóstenes foi flagrado em conversas telefônicas com Cachoeira e seus auxiliares.

Conforme o plano, Cláudio Abreu, ex-diretor da Construtora Delta no Centro Oeste, seria ouvido no dia 29 de maio. As datas são apenas uma sugestão do relator. Os nomes ainda precisam ser referendados ou não pelos integrantes da CPI. A reunião ocorreu no Senado.

Gurgel rejeita convite

Na manhã desta quarta, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rejeitou o convite para ir à CPI. O pedido foi feito durante reunião pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e pelo relator Odair Cunha (PT-MG).

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Gurgel usou argumentos técnicos para se recusar a falar na comissão. Conforme Rêgo, o procurador alegou que a investigação ainda não está concluída, o que o impede de comparecer ao Congresso. Diante do convite recusado, os parlamentares podem tentar apelar para uma convocação.

O procurador foi o primeiro citado por deputados e senadores para ser ouvido ao longo da investigação. Outros nomes que a CPI pretende ouvir é os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perilo (PSDB).