Priscila Andreza é estagiária de jornalismo do jornal A Notícia e nunca tinha feito aula de dança, mas sabe muito bem como é “rebolar” para conseguir as informações em primeira mão, controlar a emoção para escrever o obituário e se equilibrar quando os editores mandam pagar mico. Tipo esse, que é tradicional no “AN”: todos os anos, quando a Escola Bolshoi abre as portas para uma aula aberta à comunidade no Dia Mundial da Dança, um novato vai participar.

Continua depois da publicidade

Desta vez, a empolgação foi tanta que ela resolveu fazer três aulas. Ufa! Confira a experiência:

Dança é uma mistura de energia, medo e diversão. Quando recebi a tarefa de acompanhar as aulas de dança oferecidas pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, não imaginava o tamanho do desafio de se permitir encarar novos passos e se dar o luxo de perder o requebrado. O Dia Internacional da Dança teve um gostinho especial de aprendizado.

Eu sou fã de carteirinha do Festival de Dança e também adoro assistir a um musical. Também gosto de soltar o corpo em casa. Um sábado ensolarado é uma boa pedida para quem sabe criar uma coreografia. Só que, na frente de outros alunos e de um professor, a responsabilidade e o receio é maior. Dê propósito, escolhi as três modalidades mais difíceis para o corpo de uma pessoa que no máximo arrisca jogar “Just Dance” com os amigos uma vez a cada ano. As aulas escolhidas foram: dança à caráter, dança livre (contemporânea) e dança popular histórica.

A primeira aula foi a de dança livre. Foi hora de aprender a ter coordenação motora e tentar acertar os passos. Também foi hora de rir de mim mesma e fazer novos amigos. A turma era animada: em torno de 30 funcionários da Engepasa Ambiental trocando passos e indo de um lado para outro da sala, no final rolou até dançar abraçadinho. Teve ainda quem foi somente na aula para acompanhar os amigos e ficar na plateia aplaudindo de pé.

Continua depois da publicidade

A aula de dança popular histórica exigiu um esforço maior: lembrar o lado direito e o esquerdo. Era um tal de levantar mão, bater pé e girar o quadril que ficar tonto era pré requisito para acompanhar os passos da professora. A risada foi garantida quando mais do que a metade da sala não sabia o que era braço direito ou perna esquerda.

Porque dança também é saber errar e começar o passo do zero até aprender a fazer a coreografia com confiança. Para dançar com classe é preciso se desprender do ego da imagem que te encara no espelho da sala. É preciso deixar-se levar pelo ritmo e pela magia dos movimentos.

Minha terceira e última aula foi a mais engraçada. A turma era composta de crianças e adolescentes sem medo do ridículo. Eles eram audaciosos e foram com um único propósito: se divertir. O professor, Maicon Golini, também estava na casa dos 20 e poucos anos e pedia energia. Bom, só me restou caprichar para não fazer feio. E foi nessa brincadeira de seguir passos, soltar o corpo e deixar a mente livre que me peguei mexendo os pés de um lado para o outro e, com direito a ganhar elogio do professor e tudo.

A mistura da dança livre, à caráter e a popular histórica eu fiz a minha própria dança, com passos próprios e mente livre. O Dia Internacional da Dança me lembrou de dedicar mais horas dançando, com movimento, persistência e riso solto nasce uma coreografia. E se errar? Ah, pelo menos vai rir do próprio corpo que pede horas vagas ao som dos próprios movimentos.

Continua depois da publicidade

Quer conferir meu desafio de dançar três estilos diferentes de dança? É só apertar o play!