O relações públicas Giulliano Schincariol Bordieri de Carvalho, acusado de roubar eletrônicos, joias e dinheiro do próprio amigo _ o empresário Alexandre Nascimento Manoel _ em São Paulo, foi preso por volta do meio-dia desta quarta-feira em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
Um mandado de prisão foi expedido após a Justiça condená-lo a 10 anos e oito meses de prisão em regime inicial fechado por roubo qualificado. A sentença foi assinada pela juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca Amendolara em julho deste ano. Como não foi encontrado no estado de São Paulo, o acusado foi considerado foragido.
De acordo com o delegado Wilson Masson, a Polícia Civil recebeu informações de que o acusado estaria em Barra Velha. Giulliano foi preso no bairro São Cristóvão quando circulava em um Saveiro. O relações públicas de 34 anos não resistiu à prisão. Ele foi levado para o Presídio de Barra Velha. O Departamento de Administração Prisional (Deap) deve providenciar a transferência dele ao sistema prisional de São Paulo.
O crime
Conforme consta nos autos do processo, na 3ª Vara Criminal de São Paulo, Giulliano foi condenado por orquestrar um roubo contra o amigo e empresário Alexandre Nascimento Manoel, em janeiro de 2011.
Continua depois da publicidade
Segundo a denúncia do Ministério Público, o relações públicas aproveitou para mapear a casa do empresário enquanto recebeu hospedagem dele por três dias após chegar de uma viagem da França. Ao deixar a casa do amigo, ele teria furtado o controle do portão e repassado as informações aos assaltantes com a condição de receber parte dos objetos e do dinheiro roubado.
O assalto foi executado por dois homens armados. A dupla rendeu o empresário e a empregada e levaram notebook, IPad, pendrive, videogame, joias, celulares, relógios, 35 mil euros, 20 mil dólares e 20 mil reais em dinheiro.
O caso repercutiu na imprensa nacional quando Giulliano foi preso temporariamente, um mês depois do crime. De acordo com reportagem veiculada no Jornal Nacional, a polícia revelou na época que um dos motivos do roubo seria uma informação guardada em um dos computadores roubados na casa do empresário. Trata-se de uma fórmula para alisar cabelo. Escutas telefônicas revelaram que o acusado estaria negociando a fórmula com compradores na França e na África.
A fabricante de bebidas Schincariol chegou a publicar uma nota na época esclarecendo que apesar de Giulliano ter o mesmo sobrenome ele não possui nenhum vínculo com a empresa e nem com a família.
Continua depois da publicidade
Um dos homens que executou o roubo foi condenado a sete anos e cinco meses de prisão em regime inicial fechado pelo mesmo crime. O segundo suspeito que participou do assalto foi julgado em outro processo.
Contraponto
Segundo o processo, Giulliano confessou o crime informalmente à polícia. Mas, negou em depoimento formal na delegacia e perante à Justiça. A reportagem de A Notícia ligou para o celular e para o escritório do advogado de defesa, Carlos Pinheiro, em Assis (SP), mas não conseguiu contato. Na delegacia de Barra Velha, o relações públicas não quis falar com a imprensa.