Leandro Soares de Lima, secretário adjunto de Justiça e Cidadania de SC, comentou nesta quarta-feira à tarde o movimento de presos na penitenciária da Canhanduba, que resultou em uma onda de violência em Itajaí e Balneário Camboriú. Leandro diz se tratar de um caso isolado e afirma que as reivindicações não serão atendidas.

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A situação se encaminha para uma solução. Foi um movimento de subvenção à ordem, com reivindicações que não encontram amparo na lei nem no que oferecemos como sistema, ainda mais na Canhanduba, que é modelo. As reivindicações parecem distorcidas e despropositadas, e não há nenhuma possibilidade de atendermos. A unidade está funcionando, é uma das que mais tem trabalho, capacitação. De maneira alguma merecia esse tipo de movimento. Sabemos que o sistema é um lugar onde as pessoas nunca vão estar bem, mas temos procurado fazer com que voltem ao convívio em sociedade de maneira melhor do que entraram. Esse complexo é vanguarda no Estado, temos o Ministério Público e o Judiciário como fiscalizadores e parceiros. É um lugar que levamos como modelo.

Itajaí está absorvendo sozinha a falta de vagas no Estado. Como resolver esse problema?

A gente resolveu boa parte com transferência dos presos de Blumenau. Mas só vamos resolver em definitivo quando conseguirmos construir unidades em todas as regiões onde precisamos. Se não tivéssemos interdição de unidades grandes na Grande Florianópolis, parte do problema estaria resolvido.

A falta de vagas favorece esse tipo de ocorrência?

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O excesso de lotação é um problema. A fuga (há duas semanas) e esse fato na penitenciaria são ocorrências isoladas, que têm que ser analisadas e são objeto de preocupação, sim. O diretor do Deap está resolvendo tudo pessoalmente, tivemos visitas dos órgãos fiscalizadores na terça-feira. Defino essas situações como fatos isolados.

O Estado perdeu o controle do PGC?

Falo pelo sistema prisional. Dentro do sistema prisional monitoramos e acompanhamos os grupos e facções, e digo que não perdemos o controle. Mas é algo complexo, que precisamos avaliar levando em conta também o que acontece em outros estados. Não é só Santa Catarina que tem esse problema, mas temos resistido.