Diante de novo cálculo que aponta um corte total de 30% e 35% no orçamento, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai precisar abusar da “criatividade”, como já havia dito o reitor Ubaldo Balthazar, para conseguir redistribuir os recursos cada vez mais escassos. A preocupação não é só da instituição catarinense, mas de outras pelo país que já vêem a possibilidade de paralisarem as atividades a partir de agosto deste ano.
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Nesta quarta-feira (8), haverá uma reunião da comissão de orçamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O objetivo do encontro com reitores é justamente tratar sobre o que é possível fazer com a verba reduzida. A situação atual das universidades federais será levada ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, no próximo dia 16, também em Brasília.
UFSC só tem verbas para funcionar até agosto
Segundo Balthazar, uma das alternativas para driblar o orçamento menor para este ano será o bloqueio em 30% para as unidades de ensino e administrativas da UFSC. Outras medidas devem ser tomadas para conseguir levar os trabalhos na universidade até o mês de outubro. Porém, a princípio, de acordo com o reitor, a situação deve se tornar insustentável até o fim de agosto.
– Temos um grupo de trabalho que vem trabalhando há quase um mês em possíveis reformulações. Se o corte do governo (federal) for provisório, ele será reposto. Mas se não houver um bom aumento na receita da União, isso (o corte) pode ser definitivo – relata Balthazar.
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Além do ensino superior, serviços como o Hospital Universitário (HU) estão veiculados à instituição.
– O estudante é a razão de ser da universidade. O que nós pudermos conseguir manter para não prejudicar as atividades ligadas ao ensino, pesquisa e extensão. O que estiver ao nosso alcance, vamos tentar manter. Mas não dá para garantir como essa política de cortes feita pela Ministério da Educação hoje. Nós temos a autonomia constitucional, mas a financeira já perdemos há algum tempo – alega o reitor da UFSC.
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