A crise instaurada na Universidade Federal de Santa Catarina desde a morte do reitor Luís Carlos Cancellier, em 2 de outubro, parece cada vez mais longe do fim. Nesta segunda, a reitora Alacoque Lorenzini Erdmann sentiu-se mal por volta do meio-dia. Ela foi para casa repousar. Uma consulta com uma junta médica da UFSC está programada para esta terça-feira quando será oficializada uma licença para tratamento de saúde por dois meses.
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Uma nova reunião do Conselho Universitário deverá ser realizada nesta terça para empossar o professor Ubaldo Balthazar, do Centro de Ciências Jurídicas, por ser o atual decano do CUn. Balthazar assumirá interinamente até a convocação de novas eleições para reitoria. A apresentação da lista tríplice é aguardada no MEC até o dia 2 de dezembro.
Balthazar está em Brasília com outros colegas e familiares de Cancellier para acompanhar a sessão solene de homenagem póstuma do Senado Federal, a partir das 11h.
A expectativa é pela presença de boa parte da bancada catarinense dos 16 deputados federais e três senadores. Na sequência da solenidade, um grupo seguirá para o Ministério da Justiça, onde pretende apresentar evidências sobre a má condução do inquérito, especialmente na parte referente às investigações da Polícia Federal.
Na documentação garantem comprovar que Cancellier cumpriu todos os requisitos legais quando avocou o processo junto ao corregedor-geral da UFSC, Rodolfo Hickel do Prado, para apurar supostos desvios. Foi com base nesta solicitação formal para tomar pé das irregularidades que Prado teria denunciado Cancellier, resultando na prisão por suposta tentativa de obstrução da Justiça. Nos corredores da universidade se comenta que foi a desavença política do corregedor em relação ao espírito conciliador de Cancellier que teria sido o estopim de toda a crise. A conferir como acabará.
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