Quem contempla um grão de mostarda dificilmente distingue algo além da minúscula semente. Não percebe que ali está, num estado essencial, o grande vegetal que pode crescer mais de dois metros. Há 50 anos, aqueles que viram surgir a semente da Univali tiveram a mesma dificuldade de vislumbrar a condição em que hoje estamos. Mas ali estava entre seus pioneiros o mesmo elemento fundamental que hoje impulsiona a nossa história. Havia uma ambição institucional, a despeito dos meios escassos e da estrutura insuficiente. Entretanto, gestores e comunidade acadêmica avançaram no tempo sem nunca se deitarem sobre as glórias passadas. Jamais encolheram o sonho.

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É verdade que nem sempre essa ambição teve a mesma cor. No início, consistia em convencer uma comunidade de que a autonomia no ensino superior era possível; que os itajaienses poderiam construir um caminho alternativo de acesso à graduação superior, podendo evitar a evasão ds jovens, antes obrigados a buscar formação nas capitais.

O sucesso do esforço inicial deu vigor a uma nova ambição: a de expandir as opções de formação, avançando sobre as áreas da saúde, das ciências tecnológicas e sociais aplicadas. A experiência se consagrava na medida em que a comunidade identificava na Univali um recurso de promoção de vidas, transformadas pela educação. Ousadia após ousadia, a instalação como universidade destravou um novo impulso: multiplicar o modelo em outras cidades.

A Univali se espraiou pelo litoral catarinense. Presente em muitos campi sedimentou-se como uma marca catarinense. Num mundo globalizado, esticou-se mundo afora. Mais de uma centena de convênios internacionais marcam sua integração com grandes centros de saber em três dos cinco continentes.

Até aqui, nunca foi um caminho de flores. As crises fazem parte de toda organização aberta às transformações. É um exercício de flexibilidade que a Univali mostrou-se capaz de fazer.

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