O Carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e tornou-se elemento da cultura nacional. No entanto, não é uma invenção brasileira nem tampouco é realizado apenas aqui. Sua história remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma. A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser na quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos.

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A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Mas hoje qual o sentido do Carnaval e qual o foco de quem festeja e de quem organiza? Quais os interesses e as preocupações por trás dessa festa que a cada ano, passados a euforia e a ilusão dos dias de folia e algazarra, exibe estatísticas assustadoras de acidentes, drogas, mortes e criminalidade em geral? As campanhas têm reduzido os acidentes nos últimos anos e tem crescido o número de apreensões de drogas, mas as ações apenas atenuam o problema. Não mudam a essência dos resultados de uma festa que também parece fugir ao controle e transformar-se numa válvula de escape de uma sociedade cada vez mais carente de valores e de sentido.

Ao lado das estatísticas sobre crimes, violência, drogas e outros desatinos, a economia comemora taxas e índices dos produtos que movimentaram este ou aquele setor. O que vale realmente? Apenas os resultados econômicos ou as pessoas, os valores e a vida? Devemos ter discernimento para distinguir o que é história, cultura e o que é desatino e descontrole social. Não podemos sair em nenhum extremo, pois é possível comemorar, divertir-se e festejar sem excessos e imprudência.

Cabe a reflexão para que a festa seja motivo de orgulho. Na quinta, estaremos de volta às aulas lembrando aos jovens o que importa e a nossa responsabilidade nisso tudo.

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