O governo de Donald Trump manifestou um “verdadeiro entusiasmo” pela ideia de alcançar um acordo de livre comércio com o Reino Unido imediatamente após Brexit, declarou nesta quarta-feira (22) o ministro das Relações Exteriores britânico após uma visita a Washington.

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“Nossas discussões mostraram um verdadeiro entusiasmo da administração americana, começando com o presidente, pela conclusão de um acordo de livre comércio entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha o mais rápido possível após a nossa partida da União Europeia”, prevista para março de 2019, “o que beneficiará as empresas dos dois lados do Atlântico”, garantiu Jeremy Hunt em um comunicado.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que recebeu o britânico nesta quarta-feira de manhã, confirmou em outra declaração “a perspectiva de um futuro acordo de livre comércio”.

Trump criticou em julho a estratégia do governo britânico sobre o Brexit, dizendo que “mataria” a perspectiva de um acordo comercial bilateral. Mas pouco tempo depois, quando se encontrou com a primeira-ministra britânica Theresa May, declarou que estava pronto para aproveitar essa “incrível oportunidade”.

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Hunt, que também se reuniu com o vice-presidente Mike Pence e outros funcionários da Casa Branca desde terça-feira, afirmou que estava “imensamente grato pela solidariedade demonstrada pelos Estados Unidos” após o envenenamento em março na Inglaterra de um ex-espião russo.

As capitais ocidentais, lideradas por Washington, expulsaram de forma coordenada muitos diplomatas russos, acusados de serem espiões. Hunt se reuniu nesta quarta em Washington com diplomatas americanos expulsos pela Rússia em retaliação para “agradecer a eles”.

Com Pompeo, Hunt discutiu a “persistente ameaça representada pelas ações perigosas e desestabilizadoras da Rússia”, segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

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Os dois ministros também falaram sobre o Irã, um assunto em que ambos os lados diferem, o conflito no Iêmen e o processo de paz no Oriente Médio.

Hunt deve se reunir em Nova York, na quinta-feira, com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, e se dirigir ao Conselho de Segurança sobre a luta contra o Estado Islâmico.

* AFP