Um homem conhecido como “Rei dos Caixeiros” no Brasil foi preso em Joinville nesta quarta-feira (18). Ele, que tem 46 anos, é investigado como líder de uma organização criminosa que realiza prática de furtos a caixas eletrônicos em todo o país há pelo menos 20 anos. A ação, realizada pela Divisão de Lavagem de Dinheiro da DEIC, da Polícia Civil, foi batizada de Operação Xeque-Mate.
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O objetivo da operação é coibir o crime de lavagem de dinheiro e buscar apreender patrimônio de grupo criminoso. Dessa forma, será possível produzir o inquérito que mostra o tamanho do patrimônio acumulado pelo seu líder, ainda que ele não tenha documentos que comprovem a origem de sua renda para adquirir todos os bens que possui, confirmando assim as hipóteses de ocultação e dissimulação que caracterizem a lavagem de dinheiro.
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Nesta quarta-feira, foram sequestrados 15 imóveis, duas empresas, foram apreendidos 17 veículos e bloqueados valores em contas bancárias. A ação também ocorreu em Barra Velha e em Balneário Barra do Sul, para o cumprimento dos mandados de apreensão.
Uma mulher também foi detida e outra mulher deve ser presa até o fim do dia. Elas seriam usadas como “laranjas”, assumindo os bens dele em seus nomes. Tanto para elas quanto para ele, os mandados são de prisão temporária.
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O homem, que não pode ter o nome divulgado devido à Lei Nº 13. 869/2019, é chamado de “rei dos caixeiros” depois de “protagonizar” matérias jornalísticas por todo o Brasil. Ele evitava cometer os crimes em Santa Catarina, a fim de não ser investigado pela Polícia Civil local.
No entanto, todo o proveito dos crimes, as dissimulações e a aquisição de ativos, acontecem no Estado catarinense, provocando, assim, a investigação pelo crime de lavagem de dinheiro e ocultação de valores e bens.
Ao todo, foram cumpridos 10 (dez) mandados de busca e apreensão (nas cidades de Joinville, Balneário Barra do Sul e Barra Velha) e 03 (três) mandados de prisão temporária. As informações são do delegado Luis Felipe Fuentes, diretor da DEIC. O encarregado pela operação é o delegado Jeferson Prado Costa. As investigações contaram com o suporte técnico do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro (Lab-LD) e operacional das demais Delegacias Especializadas da DEIC.
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