As condições de detenção de Anders Behring Breivik, que assassinou 77 pessoas em 2011, serão mantidas no momento, apesar do extremista de ultra-direita ter vencido um julgamento por tratamento desumano, informaram as autoridades carcerárias.
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O tribunal de Oslo decidiu, na quarta-feira, que a Noruega submetia Breivik confinado ao isolamento a um tratamento “desumano” e “degradante”, contrário à Convenção Europeia de Direitos Humanos.
Interrogado pela AFP sobre uma eventual suavização das condições de detenção, o diretor da prisão de Skien (sul) respondeu negativamente.
“A sentença ainda não é irreversível”, explicou Ole Kristoffer Borhaug, referindo-se a um eventual recurso, uma possibilidade sobre a qual o estado ainda não tomou nenhuma decisão.
Em seu veredito, a juíza Heln Andenaes Sekulic destacou a duração do isolamento “relativo” ao qual está submetido o extremista de 37 anos, a insuficiência de medidas para compensar este isolamento e inclusive as inspeções corporais sistemáticas realizadas após cada passeio.
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“Devem ser mudadas antes as regras do que a prática”, declarou Borhaug.
O advogado de Breivik, Øystein Storrvik, pediu que a suspensão imediatamente do isolamento ao qual está submetido seu cliente.
Em 22 de julho de 2011, o extremista, que se declara abertamente neonazista, matou 8 pessoas detonando uma bomba perto da sede do governo em Oslo, e depois outras 69 ao abrir fogo durante mais de uma hora contra os participantes de uma acampamento de verão da juventude trabalhista na ilha de Utøya.
Condenado em 2012 a 21 anos de prisão, pena suscetível de ser prolongada enquanto continuar sendo considerado perigoso, Brevik dispõe de três instalações equipadas com duas duchas, duas televisões, aparelho de videogame e aparelhos de musculação.
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