O câncer de próstata está entre os três tipos mais comuns da doença no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Atrás apenas do câncer de pele não-melanoma (31,3% dos casos) e do câncer de mama feminino (10,5%), o câncer de próstata (10,2%) é um tumor maligno que, conforme a publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, deve aumentar em cerca de 72 mil casos novos no triênio 2023-2025.
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No entanto, um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostra que, no Brasil, ainda é comum que homens procurem menos atendimento médico do que mulheres e, no Sistema Único de Saúde (SUS), há um desequilíbrio entre os gêneros na demanda por consultas.
Essa baixa procura é uma questão cultural em todo o país e, embora a distância entre os gêneros venha reduzindo nos últimos anos, os dados colhidos pela SBU deixam claro que as mulheres ainda se preocupam mais com a saúde e cultivam o hábito de ir ao médico com mais frequência. No caso do câncer de próstata, o diagnóstico precoce é fundamental para a eficácia do tratamento e o alcance da cura.
Em seus estágios iniciais, a doença não apresenta sintomas; quando eles começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já se encontram em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e a cura. Nesse ponto, é comum que o paciente sinta dores ósseas, dor ao urinar e vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen. Por isso, é importante realizar o exame de toque retal mesmo na ausência de qualquer sintoma.
Casos por região
A projeção é de que 70% dos novos casos de câncer previstos no Brasil até 2025 se concentrem nas regiões Sul e Sudeste.
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Sendo 53,27 a cada 100 mil pessoas na região Sul e 77,789/100 mil no Sudeste. Nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste, porém, é o mais incidente, com projeção de 61,60/ 100 mil, 28,40/100 mil e 73,28/100 mil, respectivamente.
Entre os fatores que explicam a maior incidência de tumores malignos no Sul e Sudeste estão o aumento da longevidade, que proporciona o crescimento no número de casos de doenças crônico-degenerativas, e também a alta urbanização das duas regiões.
Santa Catarina
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde mostram que, entre os anos de 2019 e 2021, ocorreram mais de 47 mil óbitos por câncer de próstata, gerando uma média de 44 mortes por dia.
Em Santa Catarina, a incidência do tumor é alta: o estado ocupa o 12º lugar no ranking nacional de diagnósticos por número absoluto. Além disso, é o segundo tipo de câncer que mais causa mortes, atrás apenas do câncer de pulmão.
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Campanha Novembro Azul
No Brasil, a campanha Novembro Azul já faz parte do calendário nacional. Aqui, foi realizada pela primeira vez em 2008, como uma iniciativa do Ministério da Saúde para sensibilizar a população masculina quanto à importância dos cuidados com a saúde e a realização dos exames de prevenção.
O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata é celebrado em 17 de novembro, data que marca o início do movimento, que começou em 2003, na Austrália, e se espalhou para outros países do mundo.