A região Norte possui as duas cidades que mais registraram mortes por causa do vírus da Influenza em Santa Catarina em 2019. Os dados são dos primeiros nove meses deste ano, do relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), e mostram que em Jaraguá do Sul ocorreram sete óbitos, e em Joinville, seis.
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Das 63 mortes pela doença em SC, 20 foram computados na parte Norte, o que representa uma fatia de 31,7% do total de registros do Estado. De acordo com Simone Bitencourt, responsável técnica pela Influenza da Dive/SC, a circulação do vírus acontece em todos os ambientes e por múltiplos fatores, como, por exemplo, pessoas que são mais suscetíveis ao contágio ou até por causa das condições climáticas, como é o caso de Joinville e Jaraguá.
— Os locais mais úmidos acabam tendo maior circulação porque os vírus ficam mais tempos “viáveis” nas superfícies — explica.
Pelo menos três subtipagens do vírus acometem as pessoas infectadas no Estado: H1N1, H3N2 e do tipo B. Somente nos municípios da região Norte foram 79 casos confirmados até 11 de outubro, de todos os tipos do vírus, e Joinville foi a quarta cidade de Santa Catarina no ranking de pessoas infectadas, com 28 casos. O município fica atrás somente de Florianópolis, que teve 46 registros; Blumenau, com 35; e Chapecó, com 34. (veja tabela completa ao lado).
A maior cidade de SC lidera a lista regional de casos registrados da doença, seguida de São Bento do Sul (14) e Jaraguá do Sul (12). De janeiro até 11 de outubro foram notificados 1.887casos suspeitos à Dive em Santa Catarina e, destes, 478 tiveram a confirmação de diagnóstico.
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— Temos 478 casos confirmados, sendo a grande maioria por H1N1. O vírus está em todas as faixas etárias e 57% deles tinham algum fator de risco para agravamento — contabiliza.
A atenção para evitar o contágio do vírus deve ser contínua. A representante da Dive reforça que o vírus circula entre as pessoas durante o ano todo, apesar da intensidade ser maior no inverno. As ações de prevenção devem ser constantemente observadas, como a lavagem correta das mãos e obedecer à “etiqueta da tosse”. A Dive/SC também desenvolve ações ao longo do ano, desde o período de sazonalidade da doença a distribuição de medicamentos.
— Os ambientes devem ser bem climatizados ou arejados para evitar que a Influenza circule e infecte pessoas que são mais suscetíveis — ensina a especialista.
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SINTOMAS
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– Inicia, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar. Devido aos sintomas em comum, pode ser confundida com outras viroses respiratórias causadoras de resfriado.
TRANSMISSÃO
– A influenza pode ser transmitida de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem levar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos. Não há diferença de transmissão entre os tipos de influenza sazonal.
TRATAMENTO
– Pessoas com gripe devem beber bastante água e descansar. A maioria das pessoas se recuperará dentro de uma semana. Os medicamentos antivirais para a gripe podem reduzir complicações e óbitos, embora os vírus da gripe possam desenvolver resistência aos medicamentos. Eles são especialmente importantes para grupos de alto risco. Idealmente, essas drogas precisam ser administradas precocemente (dentro de 48 horas após o início dos sintomas).