Com confecções e marcas regionais entre as que mais crescem no Estado, Alto Vale se destaca na produção de moda jeans e, apesar de ainda se recuperar da enchente do ano passado, investe em novas atividades econômicas.
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Quem passa pela BR-470 sabe que está chegando em Rio do Sul quando se depara com suas malharias e lojas de fábrica espalhadas pelas margens da rodovia. Conhecido como a capital estadual do jeans, o principal município do Alto Vale do Itajaí ainda tem na indústria têxtil sua principal vocação econômica.
Segundo o sindicato que representa a categoria na região, Rio do Sul tem aproximadamente 1,7 mil trabalhadores atuando em fábricas da cidade. Somando-se aos municípios próximos, o número de indústrias é de quase 700, das quais 450 atuam com jeans.
No polo do Alto Vale, as confecções e o mercado de marcas regionais estão entre as que mais crescem no Estado. Com 18 anos de mercado, a marca Brix está consolidada como um dos expoentes deste segmento.
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Para este ano, a previsão do sócio-diretor Luis Carlos Demarchi é crescer 15% e chegar a um faturamento de R$ 14 milhões. Até 2006, a produção estava focada na confecção de jeans, mas isto estava gerando um crescimento quase vegetativo. Foi quando o mix de produtos foi diversificado. Hoje, o jeans representa 65% das 200 mil peças produzidas anualmente, em média.
– Há oito anos, implantamos a estratégia de reforçar a marca, o que nos permitiu abrir mercados em nível nacional e chegar a 600 pontos de venda. Atualmente, estamos com uma presença muito forte no Vale e no Oeste de Santa Catarina, assim como no Noroeste do Rio Grande do Sul – afirma Demarchi.
Para atender a esta demanda há 80 colaboradores diretos na produção, além da terceirização de parte do processo.
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Parque tecnológico vai sair do papel
Para o presidente da Associação Empresarial de Rio do Sul, Ciro José Cerutti, o maior desafio para a economia está no mercado externo.
– Temos uma indústria bastante consolidada, principalmente nos setores têxtil e metalmecânico. Mas este ano foi de muitas dificuldades por conta da diminuição no consumo. E nós passamos por uma enchente no ano passado que atingiu todo o município. Para se recuperarem, muitos empresários acabaram injetando capital de giro na época e agora passam por dificuldades financeiras – avalia.
Aos poucos, Rio do Sul tenta também se tornar um local atrativo para empresas da área de informática. Há projetos de criação de um parque tecnológico no município, que deve sair do papel a partir de 2013. A associação empresarial criou um núcleo específico para o segmento, na tentativa de profissionalizar as empresas e torná-las competitivas.
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