Eles ainda são poucos se comparados com o volume total de turistas que chegam à região – mas representam uma fatia de mercado importante para a viabilidade econômica do turismo. Com uma média de gastos e de permanência que ultrapassa o dobro do turista local e sul-americano, visitantes vindos da Europa e dos Estados Unidos são a menina dos olhos do trade turístico. Mas ainda patinamos quando o assunto é recebê-los bem.

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Perto de sediar duas importantes regatas internacionais em Itajaí, e tendo Balneário Camboriú apontada como cidade indutora do turismo durante a Copa do Mundo de 2014, a região tem déficits em relação à qualificação dos trabalhadores do turismo, que atuam em setores como comércio, hospedagem e serviços. Uma falha que vem sendo atacada de frente com a oferta de cursos de capacitação.

O problema é que faltam interessados. Diretor do Senac em Itajaí e região, Laerson Batista da Costa, conta que os últimos cursos abertos para qualificar profissionais como garçons e camareiras acabaram cancelados por falta de alunos. Mesmo os que ofereciam vagas gratuitas e formação através de educação a distância.

– De 30 vagas, não conseguimos preencher nem 10 – lamenta Costa.

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Falta de interesse dos profissionais ou de tempo para se dedicarem aos estudos estão entre as situações que levam ao esvaziamento das salas de aula. Um problema que o Senac pretende sanar com cursos do Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferecem, inclusive, remuneração por hora de dedicação às aulas. No currículo, além de noções de atendimento, devem constar línguas estrangeiras – o principal entrave à comunicação com os gringos.

Parceria

A promoção do curso deve ser feita em parceria com o Sindicato dos Empregados em Hotéis, Serviços de Hospedagem, Bares, Restaurantes e Fast Foods na região (Sechobar), que também vai atacar a falta de qualificação através de outras frentes em 2013. Presidente da entidade, Olga Ferreira diz que está em fase de contratação de professores, que oferecerão cursos de capacitação durante o ano todo.

– No espanhol o pessoal se vira melhor. O problema está no inglês. A maioria dos hotéis já tem pelo menos um trabalhador pronto para atender o turista estrangeiro, mas entendemos que é importante oferecer capacitação direcionada, para que ele possa compreender o que o cliente quer – diz Olga.

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Produção de cardápios bilíngues, cartas de bebidas e entendimento sobre a cultura na terra natal dos visitantes deverão fazer parte do currículo dos cursos, que ainda não têm data para iniciar.