A largada da Regata Jacques Vabre, que havia sido prevista para esta segunda-feira, às 14h, voltou a ser adiada na noite deste domingo. O motivo é o mau tempo, que ameaça a segurança dos velejadores. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido definida nova data para a saída, mas a expectativa é que os veleiros não partam antes de quinta-feira.

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As condições climáticas até permitiriam a partida dos barcos maiores, de 70 pés. Mas os participantes das outras duas classes, com barcos de 40 e 50 pés, não poderiam velejar. A organização optou por adiar a partida de todos para não descaracterizar a competição.

Um acompanhamento será feito de hora em hora nos próximos dias, na expectativa de uma brecha de bom tempo e de possibilidade de largada.

Assim que for dado o sinal para a partida as 44 embarcações sairão de Le Havre, a 250 quilômetros de Paris, na França, rumo a Itajaí. No percurso de 5.450 milhas náuticas, que equivalem a 10 mil quilômetros, os navegadores enfrentarão situações extremas, como os fortes ventos previstos na costa europeia.

O adiamento da saída atrasa também a chegada dos veleiros ao Litoral catarinense, que estava prevista para ocorrer a partir de 20 de novembro.

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Neste domingo, os atletas que participam da regata transoceânica passaram o domingo revisando o equipamento e checando cada parte do roteiro.

Com alimentação controlada e espaço restrito para descansar, os atletas testarão não apenas habilidade técnica mas também controle emocional na travessia do Atlântico até Itajaí. Assim que o tempo ajudar.

Espaço restrito e alimentação controlada

Na pequena cozinha, o técnico da equipe PRB, mostra a alimentação estocada para os cerca de 20 dias de viagem. Em cada uma das bolsas há ração para uma semana, separada por dia para os velejadores Vincent Riou e Jean Le Cam. Além de comida desidratada, que pode ser aquecida em um pequeno fogareiro, a maior parte é formada por produtos enlatados.

Na embarcação, que tem 18 metros de comprimento por 5 metros de largura, tudo é planejado – inclusive a área de descanso. O espaço para dormir é restrito e os velejadores se revezam a cada duas horas.

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Mesmo com alguns quilos a menos ao fim da viagem, o que conta para os navegadores é a adrenalina da competição.