A polícia jordaniana utilizou nesta segunda-feira bombas de gás lacrimogêneo para dispersar uma manifestação de refugiados sírios que atearam fogo em uma barraca e destruíram bens para denunciar suas condições de vida em um acampamento no norte do país, segundo uma associação.
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“Cerca de mil refugiados protestaram contra suas condições de vida no acampamento de refugiados de Al-Zaatari”, declarou Zayed Hammad, presidente da associação de caridade islâmica Kitab wal Sunna, que fornece ajuda a dezenas de milhares de refugiados.
“Disseram que queriam retornar ao seu país. Destruíram escritórios, incendiaram uma barraca e atacaram um hospital de campanha marroquino”, indicou à AFP.
Segundo ele, a polícia “jogou bombas de gás lacrimogêneo para conter a manifestação” no acampamento, que abriga cerca de 30.000 refugiados.
A polícia não fez comentários sobre o incidente.
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Segundo o chefe da diplomacia jordaniana, Naser Jawdeh, a Jordânia recebeu cerca de 200 mil refugiados sírios, dos quais mais de 85 mil se registraram na Agência da ONU para os Refugiados (Acnur).
No domingo passado, Zero Hora mostrou as condições precárias no campo de Al-Zaatari, visitado pelo fotógrafo Jean Schwarz.