Determinações no contrato com a seguradora dividiram em duas etapas a reforma do prédio que por quatro décadas abrigou o restaurante Frohsinn, no Morro do Aipim, em Blumenau. A primeira delas será feita com os R$ 380 mil da indenização seguindo os moldes originais. Serão reformados apenas salão principal, pavimento inferior, mezanino, assoalho e telhado, área que totaliza os 605 metros quadrados danificados por um incêndio em agosto do ano passado.
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A reconstrução será feita pela Soá Construtora, contratada de forma direta pela prefeitura depois que nenhuma empresa se interessou nas licitações feitas em fevereiro deste ano. A finalização da obra, que inclui itens como pintura e decoração, a reconstrução dos cômodos onde o piso é de cerâmica e a instalação das redes elétrica, hidráulica e de gás devem ser definidas nos próximos seis meses, quando for concluída a reforma da área incendiada.
De acordo com o secretário de turismo, Ricardo Stodieck, o contrato com a seguradora limitava o uso do dinheiro da indenização ao detentor da apólice, que no caso é a prefeitura e, por isso, não foi possível reconstruir o espaço de uma vez só. O secretário explica que como a parte elétrica e hidráulica já estavam danificadas naquela época, o seguro cobriu apenas a parte estrutural destruída pelas chamas.
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– Assim que for definida a ocupação será feito um projeto hidráulico e elétrico baseado na necessidade de quem vai usar o prédio. Entretanto, o responsável pela segunda parte da obra pode ser tanto a prefeitura quanto quem ocupar o prédio – especula ao ressaltar que as discussões sobre quem assumirá o imóvel seguem abertas e que entidades da região demonstraram interesse no espaço.
– Até o final da obra esperamos resolver isso, mas ainda não podemos adiantar nada – diz Stodieck.
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Obra começou dia 10 de junho
A construtora responsável pelo trabalho em andamento tem o desafio de erguer a área danificada pelo incêndio do zero. A obra, que começou dia 10, ainda engatinha. Na primeira semana, os esforços se concentraram na limpeza do espaço. Agora o foco é demolir os escombros do Frohsinn.
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– Não vamos só reformar, vamos refazer do jeito que era. É um processo delicado porque toda a madeira está comprometida. Tentaremos reaproveitar tijolos, janelas e portas que não foram queimados. Haverá um trabalho de restauro e recuperação de peças históricas como um cofre, rodas e ferragens. A orientação é preservar as características originais do prédio – enfatiza o sócio-proprietário da construtora Rogério Pinheiro.