Tarifa mais barata, ônibus com ar-condicionado, integração em qualquer ponto da cidade, lucro operacional limitado e remuneração de qualidade.
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Esse é o cenário projetado pela Prefeitura de Florianópolis e itens que o poder público promete não abrir mão no edital do transporte coletivo da Capital previsto para ser lançado até setembro.
O processo é esperado com expectativa pela população, que há anos convive com ônibus superlotados, problemas de linhas e horários. Sem contar as tradicionais paralisações dos funcionários a cada ano.
A garantia principal é a de que a tarifa sofrerá redução – a deste ano não terá aumento, segundo o prefeito Cesar Souza Júnior. Um valor máximo será definido na espécie de concorrência pública que ainda está sendo definida. Hoje, a tarifa custa R$ 2,70 (cartão) e R$ 2,90 (dinheiro).
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– Esses serão itens obrigatórios para as empresas que participarem terão de cumprir pelos próximos 20 anos – diz o diretor de operações da secretaria municipal de Transportes, Vinicius Cofferri, ao se referir as características anunciadas previamente ao edital.
Ar-condicionado no ônibus é um deles. No passado, empresas chegaram a ofertá-lo, mas recuaram pelos custos.
O diretor garante que não haverá recuo e o que houve no passado foi anuência do poder público, que não se repetirá. Ele acredita que a concorrência também atrairá empresas de fora. A projeção é abrir 2014 com as empresas escolhidas e o novo sistema em operação.
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As cinco atuais empresas que prestam o serviço – Transol, Canasvieiras, Emflotur, Estrela e Insular – devem participar da licitação.
O presidente do Sindicato de Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf) afirma que a única exigência é que o custo do serviço seja pago.
Ele vê como vantagem de infraestrutura o fato de as atuais empresas serem as únicas a terem garagens na Ilha. Indagado sobre a crônica lotação dos ônibus, Gomes avalia como sendo fenômeno nacional e mundial praticamente impossível de ser extinto nesse tipo de transporte.
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Por mês, são transportadas em Florianópolis pelo transporte coletivo municipal 5,3 milhões de pessoas. O custo mensal do sistema, conforme o Setuf, é de R$ 14,2 milhões.