A abertura da loja de material de construção Balaroti, nesta terça-feira, em São José, é mais do que uma mera inauguração. Trata-se da conclusão do primeiro passo do plano de expansão em SC do sexto maior grupo do país no setor.
Continua depois da publicidade
A unidade de São José é a terceira da bandeira no Estado, e os planos são de mais cinco inaugurações até 2015, explica o diretor-presidente da empresa, Hélio Balaroti.
A Grande Florianópolis vai ganhar mais duas lojas e outras serão construídas em Blumenau, Jaraguá do Sul e Itajaí. A intenção é que ainda neste ano as lojas catarinenses respondam por 20% do faturamento da rede e a fatia suba para a metade com a consolidação das unidades _ a Balaroti não divulga volume de vendas.
Os estabelecimentos a serem erguidos seguirão o padrão da loja aberta hoje, que consumiu R$ 25 milhões. O diretor-presidente ressalta que nem todas as unidades têm o grupo Balaroti como único investidor. Elas têm cinco mil m2, oferecem 60 mil produtos e empregam 180 pessoas. A lista inclui artigos usados no começo da obra, como areia e cimento, até aqueles para acabamento e decoração.
O avanço para Santa Catarina _ das 15 lojas atuais, apenas três são no Estado _ foi decidido depois de pesquisas de mercado. Os requisitos necessários para o investimento, como cidades desenvolvidas, com mais de 150 mil habitantes e construção civil em expansão, foram preenchidos.
Continua depois da publicidade
Segundo Hélio, consumidores também foram indagados sobre a necessidade de mais lojas de material de construção. E a resposta foi sim.
A chegada da Balaroti não vai criar uma guerra de preços no setor, avalia o presidente da Câmara do Comércio de Material de Construção da Fecomércio_SC, Roberto Breithaupt. Isso porque o setor trabalha com margens de lucro reduzidas.
Mercado imobiliário
impulsiona avanço
Mesmo assim, existe a promessa de esquentar a disputa com as concorrentes catarinenses. Hoje a Balaroti já enfrenta Casas D’Água, Cassol e Breithaupt, as maiores locais, em Joinville e Balneário Camboriú.
O segmento também vive perspectiva de fechar bem o ano. As projeções de crescimento para as lojas de material de construção eram de igualar o resultado 2011 (alta de 9%). Janeiro começou bem, e, depois do susto de fevereiro e abril, quando a crise europeia chegou a provocar uma revisão para 4%, os números deste mês mostram que o setor voltou aos trilhos.
Continua depois da publicidade
Outro fator que joga a favor é o mercado imobiliário. O presidente do sindicato das construtoras da Grande Florianópolis (Sinduscon), Hélio Bairros, prevê crescimento duas vezes maior do que o PIB nacional, algo em torno de 8% em 2012.