Interrompendo um ciclo breve de quase três meses, a atual presidente da Rede Feminina de Jaraguá do Sul, Yeda Marilu Bauer Conti, renunciou ao cargo nesta terça-feira. O motivo foi uma lei federal, que entra em vigor no próximo mês, que proíbe que parentes ou companheiros de pessoas públicas ou agente político exerça cargos em entidades voluntárias que recebem repasses municipais, estaduais e federais. Yeda é irmã do senador Paulo Bauer e, por isso, teve que deixar o cargo. No seu lugar, entra a então vice-presidente, Sandra Winter Rodrigues, que começa suas atividades nesta quarta-feira.
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Segundo Yeda, ela ainda estava no período de experiência na Rede quando a lei 13.019 foi aprovada e conta que assumiu a entidade sabendo que teria que deixar o cargo em 25 de julho deste ano.
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– Não é um cargo fácil assumir e nem todas as voluntárias querem. Conversei com a minha diretoria e analisamos nosso estatuto para sabermos o que fazer. Por isso, decidimos que a vice-presidente iria assumir o cargo e nomear a nova vice, que será Darcy Tomaselli Bertoldi – conta Yeda.
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Agora, Yeda continua como voluntária e voltará a atender os pacientes da Casa Conforto, que fica junto à área de oncologia do Hospital São José em Jaraguá do Sul. Também irá se especializar para poder ajudar as companheiras.
– Não estou deixando a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama. Estou deixando um cargo e irei continuar o meu trabalho de voluntária. Estou envolvida com a política desde meus cinco anos de vida e entendo que muitas vezes temos que abrir mão de sonhos – revela.
A nova presidente, Sandra Rodrigues, é voluntária há 11 anos. Ela conta que uma vizinha convidou para conhecer a Rede Feminina e se tornou voluntária no primeiro dia de visita à instituição.
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– Tenho bastante experiência, pois já atuei como coordenadora do bazar da Rede e também fui secretária da última gestão – conta Sandra.
Sandra diz que vai continuar com os planos de Yeda, que eram focados em levar informação para todas as pessoas sobre a importância da prevenção do câncer de mama. Além disso, a direção continua na busca da certificação para receber a contribuição de empresas por meio do imposto de renda. Outro projeto é a nova sede que depende de recursos para sair do papel _ a Rede já tem o terreno e cerca de R$235 mil em caixa, mas precisam de mais recursos.
Um passo para acessibilidade
O projeto da instalação do elevador na sede da Rede Feminina começa a sair do papel. O Juizado Especial Civil e Criminal doou R$40 mil. Em maio, a entidade recebeu o valor e pagou a primeira parcela do elevador. A empresa que está executando a obra é a Elevadores Dinâmica.
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– A última parcela de R$30 mil será paga após dez dias de instalação do elevador. A nossa ideia é que ele seja transportado para a nova sede – afirma Yeda.
A diretoria da Rede pretende realizar ações para arrecadar o dinheiro restante do elevador. O prazo de entrega é de 180 dia
APAE de Guaramirim
Assim como a Rede Feminina, a Associação de Pais e Amigos do Excepcional de Guaramirim tem uma pessoa com envolvimento político no cargo de presidente. O comandante do 14ª Batalhão de Polícia Militar, Rogério Vonk, está há um ano e meio à frente da instituição. O caso se enquadra na mesma lei que obrigou a saída de Yeda Conti da Rede Feminina.
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Segundo Vonk, a direção e o setor jurídico estão analisando se sua saída será necessária ou não. A instituição está realizando uma análise criteriosa para saber se Vonk na presidência compromete os repasses que a APAE recebe. Falta mais um ano e meio para o fim do mandato de Vonk.
– Não temos nada definido, mas, se for necessário, eu deixarei a instituição para não comprometer o trabalho que desenvolvemos – afirma.