Nesta terça-feira, no primeiro dia de aula da rede estadual de ensino, as salas das escolas da Regional de Blumenau sentirão a falta de 200 professores. Este é o número do déficit no quadro de profissionais, que deveria ter cerca de 1,5 mil para estar completo.
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Apesar de não ter dados exatos do número de professores para cada uma das cinco cidades da regional, a supervisora da Educação Básica e Profissional da Secretaria Estadual de Educação, Maria Isabel Porto Paes Schulz, afirma que o problema se concentra em Blumenau.
Maria Isabel afirma que começaram nesta segunda-feira as contratações de professores por chamada pública e que até sexta-feira, quando encerra o processo, o problema deve ser resolvido. Para ela, a falta de professores não afetará os alunos:
– O movimento de professores, após a chamada pública, para a escolha das escolas onde vão atuar, está muito grande. Ao longo do dia, alguns já se apresentaram às novas escolas, o que irá reduzir significativamente a falta de professores.
No quadro da Regional de Blumenau, que compreende Blumenau, Gaspar, Ilhota, Pomerode e Luís Alves, faltam principalmente professores de disciplinas exatas, como matemática, física e química.
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Em Blumenau, 31 unidades de ensino começam as aulas nesta terça. Outras duas, nas escolas Pedro II e Luiz Delfino, o início do ano letivo é na quarta, em função de mudanças nos planos de ensino. A cidade tem cerca de 22 mil alunos na rede estadual.
A supervisora da secretaria de Educação explica que durante o processo de normalização do quadro de professores, as escolas irão se organizar para que não haja cancelamentos de horários.
As unidades com déficit de profissionais anteciparão aulas e farão outras atividades no lugar da disciplina. Escolas como a Professor João Widemann, Governador Celso Ramos e Pedro II apresentam déficit de três, cinco e 11 professores, respectivamente.
Diretor-geral da João Widemann, a maior município, com 2,2 mil alunos, Gilson Avosani acredita que a contração de profissionais é o calcanhar de Aquiles das escolas públicas, já que a falta de professores é histórica:
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– Os professores contratados já estão trabalhando a parte pedagógica e organizando o conteúdo que será ministrado. Já os que devem chegar nos próximos dias, com a contratação pela chamada pública, devem apresentar um pouco de dificuldade, mas nada que nos preocupe.
As aulas da rede estadual seguem até o dia 21 de dezembro, para cumprir um calendário de 200 dias letivos.