A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) recuperou quase 100% da infra-estrutura de alta tensão (AT) na região do Vale do Itajaí. Segundo a empresa, a recuperação da rede de baixa tensão (os pontos de medição propriamente ditos) também está em pleno andamento.

Continua depois da publicidade

Na região de Itajaí, que foi mais atingida pelos alagamentos, a recuperação emergencial da rede foi concluída na última semana. A Celesc trabalha agora na troca ou recuperação de medidores em residências e comércio.

O maior problema continua sendo a recuperação da área do Morro do Baú, em Ilhota, que está isolada por motivo de segurança. Ali, havia 115 unidades conectadas na parte da rede que está sem eletricidade, mas a empresa não tem como saber quantas unidades podem ser recuperadas, em virtude da destruição causada pelos deslizamentos.

Na região de Blumenau, com danos provocados igualmente por enxurradas e deslizamentos, há áreas às quais a Celesc ainda não tem acesso. Em vários locais, a empresa depende da reparação prévia das estradas de acesso. Em outros pontos, a própria Defesa Civil solicitou que, por motivo de segurança, o sistema elétrico ficasse desligado. No momento, menos de 1% da rede elétrica da região está sem abastecimento.

Desde a última quarta-feira está em andamento uma operação emergencial, orçada em R$ 1,2 milhão, para restabelecer integralmente o abastecimento de energia elétrica na cidade de Luiz Alves, isolada por deslizamentos e enxurradas.

Continua depois da publicidade

A energia para abastecer a cidade virá de uma rede que será ligada à subestação Salseiros, em Itajaí, em substituição à rede parcialmente destruída, que abastecia parte do município por meio da comunidade Belchior, de Gaspar, com energia da subestação Itoupava Central de Blumenau. A obra inclui a colocação de 300 postes e 25 quilômetros de cabos numa extensão final de 32 quilômetros.

A estimativa da Celesc é que a rede, construída em mutirão de urgência por um grupo de cerca de 100 homens, seja concluída até o final desta semana.

Normalmente, a mesma obra levaria quase quatro meses para ser terminada, segundo a Celesc. Os deslizamentos e quedas de barreiras causaram danos sérios à rede elétrica do município, em particular no entorno do Morro Serafim.