Deve começar na próxima terça-feira a recuperação da Ponte Trindade, entre Jaraguá do Sul e Schroeder. A obra custará R$ 173,8 mil, valor que será dividido entre as duas Prefeituras.

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A obra será realizada pela Construrio Empreiteira de Mão de Obra, de Rio do Sul, com entrega em 90 dias. A passagem está interditada em meia pista desde dezembro de 2012 porque os pilares que sustentam o acesso cederam.

O secretário de Obras de Schroeder, Rudibert Tank, explica que será feito um reforço de ferro e concreto na laje para fixar os pilares. O tráfego continuará em meia pista nos primeiros dias de trabalho, até que a empresa providencie o maquinário e a montagem do canteiro de obras.

Depois, a passagem será fechada e os motoristas deverão desviar pelo bairro Itoupava, em Schroeder, por onde já passam os caminhões. De acordo com o secretário, a Prefeitura estuda construir uma estrutura provisória para pedestres e ciclistas durante a reforma.

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Desde que a ponte foi interditada, apenas carros pequenos e motocicletas podem passar pelo local. A Ponte Trindade foi construída sobre a base de uma ponte antiga de madeira e entregue em dezembro de 2010. A obra custou R$ 420.650,41 e viabilizada por uma parceria entre as prefeituras de Jaraguá e Schroeder e o governo do Estado.

No ano passado, a empresa Azimute, de Blumenau, fez um projeto executivo para definir como a ponte seria recuperada, que custou R$ 51.185, 10. As despesas também foram divididas entre os municípios.

Vereadores querem explicações

Desde que foi interditada, há mais de um ano, a Ponte Trindade virou alvo de polêmica entre os moradores, por causa do pouco tempo que durou. Nas últimas semanas, o assunto também tomou força na Câmara de Vereadores de Schroeder. O vereador Adriano Kath (PSDB), presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, encaminhou um pedido de informações à Prefeitura sobre a interdição da ponte.

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Um dos documentos solicitados é o laudo técnico sobre o que causou o problema na estrutura. Ele também pede o levantamento de custos da recuperação da ponte e detalhes da obra.

– A população está cobrando esclarecimentos. Queremos saber o que realmente aconteceu e, se houve erro, quem são os responsáveis – afirma.

O outro lado

– A Arcos Engenharia e Construções Civis Ltda., de Londrina (PR), responsável pela obra, alega que a parte da ponte que apresentou problemas não foi executada pela empresa e que o edital de contratação aberto pela Prefeitura de Schroeder previa apenas a execução da parte superior da ponte e que os pilares seriam mantidos.

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– O ex-prefeito Felipe Voigt afirma que uma equipe de engenheiros das Prefeituras de Schroeder e Jaraguá avaliou a ponte antes da licitação ser aberta e constatou que os pilares poderiam ser reutilizados, para reduzir o preço da construção.

Voigt afirma que os pilares teriam sido danificados por uma enchente em 2012, devido à força da água e dos entulhos que teriam ficado presos à estrutura. Ele afirma que assim que o problema foi constatado, no final do mandato, foi feito um reforço com pedras nos pilares e desde então a ponte não apresentou novas falhas.