A economia japonesa cresceu a uma taxa de 6% ao ano no último trimestre de 2011 – julho a setembro – graças à recuperação do terremoto seguido de tsunami que devastou o nordeste do país em março, informou o governo local. A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) real marcam a primeira expansão da terceira economia mais importante do mundo em quatro trimestres.
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A catástrofe de 11 de março deixou milhares de mortos e varreu boa parte da costa nordeste japonesa. O desastre danificou diversas fábricas na região, causando uma severa escassez de produtos, principalmente na indústria automotiva. O maremoto ainda avariou a usina nuclear de Fukushima, o que aumentou as dificuldades de negócios e vendas, além do risco devido à radioatividade.
Desde então, o Japão tem realizado trabalhos de reestruturação das fábricas com o objetivo de auxiliar o crescimento econômico, apesar da ameaça da crise financeira europeia, a desaceleração da economia global e o fortalecimento do iene. O gabinete do governo disse nesta segunda-feira que o resultado se traduz em um crescimento do PIB de 1,5% com relação ao trimestre anterior.
O gasto do consumidor, que representa cerca de 60% da economia, subiu 1% comparado ao mesmo período antecedente. A inversão de capital por parte das empresas cresceu 1,1%. No entanto, analistas acreditam que é pouco provável a continuação dos sólidos números do terceiro trimestre.
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O economista da Credit Suisse, Hiromichi Shirakawa, disse que o Japão se beneficiou de um forte incremento nas exportações e da produção industrial do início do verão. Porém, a economia “perdeu seu ímpeto ascendente desde agosto”, disse em um relatório na semana passada.