Antes do jogo começar no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, o ex-técnico do Metropolitano, Lio Evaristo, que assistia ao jogo, alertou:
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– O Operário em casa joga na base do abafa, dando chutão para a área e tentando um gol de toda forma.
E foi exatamente o que aconteceu.
O Metropolitano, se sabia disso, nada fez para evitar. Pelo contrário. Muito recuado e tentando buscar algum contra-ataque, permitiu a tal pressão do Fantasma,como o time paranaense é chamado. Resultado, derrota por 1 a 0, gol de Edenilson aos 24 minutos do segundo tempo, no primeiro jogo do mata-mata da Série D do Brasileiro.
No jogo decisivo, domingo que vem, no SESI, o Verdão vai precisar de outra postura e de uma vitória por dois ou mais gols para seguir na competição nacional. Se repetir o 1 a 0 de ontem, terá que decidir a vaga nos pênaltis. Ao Operário, basta um empate, ou até mesmo uma derrota por um gol, desde que marque ao menos um.
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O jogo de ontem, em uma tarde ensolarada em Ponta Grossa, não apresentou as dificuldades que se anunciavam para o Metrô. A torcida compareceu (3,8 mil), mas nem de longe criou clima de caldeirão. O Operário pressionou, mas muito mais pelos espaços oferecidos pelo time blumenauense do que por qualidade técnica. O time de Blumenau teve boas oportunidades de buscar o gol nos primeiros minutos, aproveitando os buracos deixados pela defesa adversária. Mas não aproveitou.
O cenário até mudou um pouquinho no começo da etapa final, com o Metrô tentando criar oportunidades no ataque. Mas a impressão durou pouco. Mesmo com as mexidas de Mauro Ovelha – Edimar entrou no lugar do estreante Adriano, apagadíssimo, e os outros dois estreantes do Verdão, Tozim e Leandro Leite, entraram nas vagas de Michael e Anelka, respectivamente – pouco aconteceu, De castigo, Cassiano fez jogada pela lateral aos 24 e cruzou na cabeça de Edenilson, que havia entrado pouco antes. No primeiro lance, João Paulo fez grande defesa, mas no rebote nada pode fazer para evitar o gol. O mesmo Edenilson, cinco minutos depois, perdeu uma chance clara de ampliar, após falha da defesa verde na saída de bola.
No fim, o 1 a 0 permaneceu (quarto resultado igual do Operário nos quatro jogos em casa na Série D), e restou ao técnico Mauro Ovelha projetar a reação.
– Foi um jogo muito truncado. Criamos muito pouco e eles também, mas nas oportunidades que tiveram conseguiram marcar e fazer o resultado. Mas a confiança de que é possível avançar permanece – _ disse o treinador, que para o jogo decisivo terá o desfalque do volante Marcos Alexandre, que tomou o terceiro amarelo em lance de reclamação com o árbitro.
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O que o Metrô precisa no Sesi
? Vencer por dois gols de diferença
? Vencer por 1 a 0 e buscar a vaga nos pênaltis
? O Operário avança com empate ou derrota por um gol, desde que marque no Sesi
OPERÁRIO-PR (1)
Ivan; Cassiano, Delazari, Fabiano e Rogerinho, Dário, Cambará (Leonardo), Diego Zanuto e Edson Grilo; Baiano (Edenilson) e Ícaro (Léo Gazola).
Técnico: Pedro Damião Caçapa
METROPOLITANO (0)
João Paulo; Tiago Couto, Anelka (Leandro Leite) e Amaral Rosa; Nequinha, Pereira, Fabinho, Marcos Alexandre e Michael (Tozim); Giba e Adriano (Edimar).
Técnico: Mauro Ovelha
Gol: Edenilson (O), aos 24 minutos do segundo tempo. Amarelos: Dário e Rogerinho (O); Marcos Alexandre (M).
Árbitro: Flávio Guerra (SP).
Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR).