Reconstrução da ponte Tancredo Neves, em Itajaí, fica até R$ 1,3 milhão mais cara

Os primeiros sinais de obras na ponte Tancredo Neves já começam a aparecer com a chegada das estacas no local, mas a novidade é que segundo a secretaria de Obras de Itajaí, a reconstrução ficou mais cara que o previsto. Dois meses após a estrutura ceder, em dezembro do ano passado, a prefeitura ainda busca a empresa que será contratada para remover a estrutura da ponte submersa, mas já sabe que terá de pagar entre R$ 1,1 milhão a R$ 1,3 milhão a mais que os R$ 2,5 milhões orçados inicialmente.

De acordo com o secretário de Obras, Tarcízio Zanelatto, o processo de trituração da ponte que caiu e de retirada para aterramento do material aumentou o custo total da obra, agora previsto em quase R$ 4 milhões. Ele destaca que o início dos trabalhos no local deve começar na próxima semana, mas só ocorrerá de forma contínua a partir da remoção do que sobrou da estrutura antiga:

– O cronograma está mantido, mas ainda estamos em busca de empresas que possam fazer o serviço de retirada – ressalta ao reafirmar que os 2,6 mil metros quadrados de novas estacas aumentará a capacidade da ponte de 25 toneladas para 45 toneladas.

Depois da trituração e do estaqueamento, o próximo passo será a colocação de camisas metálicas – tubo de metal que é colocado dentro da estaca e que forma a coluna -, mas como cada trabalho é feito por um empresa distinta, a prefeitura segue em busca de fornecedores.

– O valor aumentou, mas a ponte vai ficar como nova daqui 10 a 12 meses – conclui.

Histórico da ponte

A estrutura que ligava os bairros São Vicente e Cordeiros sofreu danos com as cheias de outubro e foi bloqueada parcialmente, com tráfego liberado para motos, ciclistas e pedestres.

Em novembro, um laudo apontou que as fundações estavam intactas – porém, a ponte teria perdido resistência e cedia um milímetro por dia. A queda ocorreu por volta das 22h30min do dia 13 de dezembro – na mesma semana estava programado o início da reforma.

Após o incidente, a prefeitura teve que se explicar na Câmara de Vereadores sobre a decisão de manter a ponte aberta, além de dar informações sobre uma consulta informal que fez a uma empresa de engenharia.